Depois de seis anos, pela primeira vez, as investigações sobre assassinato misterioso da ex-vereadora do Rio, Marielle Franco, apontam para supostos responsáveis. Neste domingo (24), foram presos: o delegado da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, apontado como o planejador; do deputado federal Chiquinho Brazão (Republicanos/RJ) e do irmão dele Domingos, ambos acusados de serem os mandantes. A demora na solução do crime e o envolvimento da alta cúpula de funcionários públicos chamam a atenção até mesmo da imprensa internacional. Os sites dos principais jornais deram destaque para o caso Marielle.
“Três oficiais são presos pelo assassinato de Marielle Franco” é a manchete do jornal americano The Washington Post. A matéria lembra que logo depois da morte da ex-vereadora, os brasileiros estamparam em camisetas, escreveram nos muros e nas mídias sociais a frase: “Quem mandou matar Marielle?” A pergunta ficou seis anos sem reposta, mas as investigações trouxeram revelações surpreendentes.
O britânico The Guardian destacou que “Novos suspeitos do assassinato da vereadora no Rio foram presos”. O artigo aponta para o primeiro maior desdobramento, em anos, das investigações de um assassinato que chocou o Brasil e de repercussão internacional.
The New York Times deu como “o mais notório e misterioso assassinato do Rio”. Lembrou que na época da morte, milhares de brasileiros tomaram as ruas, na tentativa de pressionar as autoridades para desvendar o crime.
O francês Le Monde começa a matéria com a declaração emocionada de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil, irmã de Marielle: “Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia!” A prisão dos três supostos mentores é o avanço, segundo o jornal, mais esperado há seis anos.