Exames do Instituto Médico Legal (IML) indicam que a estudante Kauani Cristhiny Soares Rodrigues, de 6 anos, pode ter sido estuprada antes de ser morta em Mongaguá, litoral de São Paulo. Ela apresenta lesões na área genital e o corpo está passando por análises complementares. Rodrigo de Paula Sales, 28 anos, que confessou a autoria do crime, afirmou à Polícia Civil que não estuprou a menina antes de assassiná-la.
O delegado Francisco Wenceslau, titular do 2º Distrito Policial de Mongaguá, disse a VEJA que ainda não há um laudo oficial sobre a causa da morte devido ao estado de decomposição do corpo. A polícia trabalha com a hipótese de asfixia mecânica (esganamento ou afogamento). Kauani apresenta uma “discreta lesão na traqueia”, líquido nos pulmões e lesão na mucosa bucal.
Kauani desapareceu na madrugada de quarta-feira 17, por volta das 2 da manhã, enquanto dormia em sua casa. Naquela madrugada, a mãe e o autor do crime entraram em uma discussão e, pouco depois, Sales teria raptado a menina. O motivo teria sido vingança. De acordo com o seu depoimento, ele levou Kauani a um local não muito distante da residência, apertou o pescoço dela com uma mão e cobriu a boca da menina com a outra, para abafar o barulho. A criança foi encontrada seminua e morta, cinco dias depois, em um vala.
Segundo Wenceslau, não é possível confirmar a possibilidade do estupro porque o exame preliminar não apontou se o hímen de Kauani foi rompido. O corpo passará por análises complementares. Os próximos exames ajudarão a esclarecer a causa da morte, já que o corpo da criança havia entrado em estado de decomposição por causa da ação do tempo e de insetos.
A polícia está investigando o vídeo de uma câmera de segurança que mostra o momento em que Sales levou Kauani para fora de casa. Nas imagens, captadas na hora em que a garota teria desaparecido, um homem aparece carregando uma criança.
Confira o vídeo a seguir: