Mesmo com feriadão, isolamento na capital de São Paulo fica longe do ideal
Índice ultrapassa os 50%, mas ainda está abaixo da taxa de 70% preconizada pelas autoridades de saúde para achatar a curva de novos casos
O feriadão antecipado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), ajudou a cidade a ultrapassar a marca de 50% de isolamento social. Entre quarta e quinta-feira, a cidade registrou 51% e 52% da população que atendeu aos pedidos das autoridades para ficar em casa. Antes, a média dificilmente ultrapassava a marca de 50%, com exceção do domingo 17, quando o índice chegou a 56%.
Os dados são computados pelo governo estadual por meio de uma parceria com as empresas de telefonia celular. Mesmo assim, os porcentuais estão bem abaixo de 70%, índice preconizado pelas autoridades de saúde como ideal para achatar a curva de novos casos. O governo paulista considera 55% a meta mínima. Setores da economia, como os bancos, não aderiram ao feriadão e houve movimentação nas agências.
Antes de antecipar dois feriados municipais e um estadual para os dias 20, 21 e 25 de maio, totalizando seis dias consecutivos, se contado o fim de semana, Covas havia tentado reverter a tendência de queda no isolamento com regras mais rígidas do rodízio de veículos, mas, diante da repercussão negativa, o decreto foi revogado.
No estado o impacto foi menor e o isolamento ficou abaixo de 50%. O feriado estadual de 9 de julho (Revolução Constitucionalista) foi antecipado para esta segunda-feira, 25, quando há perspectiva de aumento no índice de isolamento em mais cidades paulistas.
O estado de São Paulo é um dos mais atingidos pelo coronavírus no país com mais de 73.000 casos, 23% do número de infectados em todo país, e 5.500 mortes – 37% dos óbitos registrados no país. Na capital, mais de 40.000 casos haviam sido confirmados até quinta-feira, com 3 200 mortes.
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