Há algumas semanas, cerca de dez integrantes ideólogos do governo passaram a reclamar da influência conquistada pelos militares no Palácio do Planalto. Em jantares e almoços em Brasília, esse grupo passou a defender que o presidente Jair Bolsonaro deveria retomar as principais bandeiras da sua eleição em 2018. Na prática, isso implicava em derrubar o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, um dos principais responsáveis por isolar os militantes bolsonaristas mais radicais e aproximar os partidos do Centrão do poder.
Conforme VEJA revelou em sua atual edição, o plano consistia em contar para Bolsonaro que ele teve suas conversas gravadas clandestinamente pelo general da reserva, seu amigo de longa data. A estratégia não deu certo, porque o tal grampo nunca apareceu — e , muito provavelmente, sequer existe. O caso revela o nível da guerrilha de bastidores entre duas alas do governo que disputam espaço e influência dentro do governo. Veja abaixo quem são os principais representantes de cada um desses grupos: