Autoridades do Judiciário chegaram na manhã deste sábado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, onde acontece o velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo na quinta-feira. O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, o ministro do STF Dias Toffoli e o presidente do TRF-4, Luiz Fernando Wowk Penteado, falaram brevemente à imprensa antes de seguirem ao plenário do tribunal.
Moro ressaltou “qualidade, importância e relevância dos serviços” do ministro no Supremo e classificou a relatoria da Lava Jato no STF como “situação difícil”. “Foi um verdadeiro herói e há uma grande desolação na magistratura”, disse o juiz federal. No dia da morte do ministro, Sergio Moro declarou que “sem ele, não teria havido Lava Jato”.
Emocionado, Dias Toffoli afirmou que a morte de Teori é “uma perda para a nação brasileira e o Poder Judiciário”. ” A simplicidade dele, a humildade, marcarão para sempre a Justiça brasileira e nós tivemos a oportunidade de desfrutar sua amizade. É uma perda que nos abala e estamos sofrendo muito. Não poderia deixar de vir aqui dar um beijo nesse grande amigo”, lamentou o ministro do STF, que disse não ser o momento de falar sobre o sucessor de Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato.
O presidente do TRF-4, por sua vez, acredita que a morte de Teori não deve prejudicar a Lava Jato. “As investigações correm por impulso do Ministério Público e sob controle da Polícia Federal. Certamente há juízes no país com condições de assumir as funções. Teori deixa uma lacuna, mas há juízes capacitados, com condição de levar adiante e com êxito as investigações e processos”, comentou Luiz Fernando Penteado.
O presidente Michel Temer chegou ao velório de Teori por volta das 13h25. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, e outros quatro ministros do STF também devem comparecer.
(com Estadão Conteúdo)