O jornalista e escritor Carlos Heitor Cony morreu na noite desta sexta-feira (5), aos 91 anos, de falência de múltiplos órgãos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, que confirmou o horário da morte às 23h10. Ocupante da cadeira de número três Academia Brasileira de Letras (ABL) desde maio 2000, Cony era comentarista da rádio CBN e colunista da Folha de S.Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa da ABL, o escritor será cremado no Memorial do Carmo, no Rio, na tarde da próxima terça-feira (9).
Publicou 17 romances, mas sua obra também se divide em contos, crônicas, ensaios e peças de teatro. A estreia na literatura aconteceu com “O Ventre”, de 1958, seguido de “A Verdade de Cada Dia” e “Tijolo de Segurança”. Também foi o autor de “Quase Memória”, que vendeu mais de 400 mil cópias, e “O Piano e a Orquestra”, obras que renderam a ele o Prêmio Jabuti.
Cony iniciou sua vida profissional como jornalista, função que nunca abandonou. Em 1952, entrou para o Jornal do Brasil e mais tarde foi redator do Correio da Manhã. Foi preso diversas vezes durante a ditadura militar e chegou a refugiar-se na Europa e em Cuba. Na volta ao Brasil, entrou para a Manchete, onde atuou também no departamento de teledramaturgia, participando de projetos como as novelas A Marquesa de Santos e Dona Beja.
Com Estadão Conteúdo