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Morre Paulo Jares, o fotógrafo de VEJA que revelou os conflitos amazônicos

Profissional paraense morreu aos 51 anos, no Rio de Janeiro

Por Da Redação
Atualizado em 20 ago 2019, 18h55 - Publicado em 20 ago 2019, 18h40
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  • Fotógrafo Paulo Jares
    Jares em reportagem sobre a BR-153, a Rodovia Transbrasiliana, na Região Norte do Brasil, em 1999 (//VEJA)

    O fotógrafo paraense Paulo Jares foi um dos mais ecléticos jornalistas de VEJA – capaz de registrar a delicadeza de grandes personalidades do mundo artístico do Brasil, como Baden Powell, Tom Jobim, Zeca Pagodinho e Paulo Coelho e, simultaneamente, mostrar os dramas dos índios amazônicos, a violência dos crimes contra a floresta, a ocupação desenfreada do norte do país, por meio de mineradoras e madeireiras.

    Esse olhar amazônico, típico de um repórter investigativo, talvez tenha sido a grande marca de sua carreira – e poucos profissionais fizeram relato histórico tão minucioso dos problemas daquela região nos anos 1990 e 2000 quanto ele.

    Em 1989, enviado pelo jornal A Província do Pará a Altamira, para o Primeiro Encontro das Nações Indígenas do Xingu, ele fez um dos mais conhecidos registros daqueles anos de confronto – a de uma índia caiapó ameaçando com um facão o diretor da Eletronorte,  José Antônio Muniz Lopez, durante protesto contra a criação da hidrelétrica de Kakarao, atual Belo Monte.

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    A imagem da indígena Tuíra Caiapó ganhou o mundo; na foto, ela encosta um facão no rosto do então presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz, em 1989 (Paulo Jares/A Província do Pará/VEJA)

    Mesmo depois de deixar Belém, a caminho de VEJA e, depois, do Jornal do Brasil, Jares nunca abandonou esse olhar que parecia correr em suas veias, filho de suas origens. A força das fotos, sempre muito bem enquadradas, e posteriormente de cores vivíssimas, em um tempo anterior ao exagero dos atuais tratamentos com programas de edição, parecia se contrapor ao jeito simples, afável e sempre cordato com que ele desfilava no cotidiano.

    Para Paulo Santos, curador da obra de Jares, ele “esteve presente como fotojornalista em grandes momentos da história da Amazônia; desbravando a realidade amazônica, que mistura as cidades e as florestas sempre tão próximas, conseguiu cenas icônicas enquadradas por suas lentes”.

    Jares morreu na segunda-feira, 19, no Rio de Janeiro, aos 51 anos.

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    Veja uma galeria de fotos de Paulo Jares feitas para VEJA:

     

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