O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, já questionou os procedimentos adotados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
“O que mudou com o impeachment de Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento, quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Lava Jato?”, questionou o ministro em entrevista publicada em maio de 2016 pelo jornal O Diário do Povo do Piauí.
Ao assumir o cargo de ministro da Transparência, em junho passado, ele afirmou que não temia “nenhuma pressão política” no cargo por causa da Lava Jato. “A leniência é para a reintegração econômica. Ela não pode, passo algum, prejudicar a investigação, causar prejuízo à atuação do Ministério Público e do Judiciário”, ponderou.
Questionado na ocasião sobre artigos que escreveu defendendo a cassação conjunta da chapa – o que Temer tenta evitar -, Torquato, que é ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, disse que cada avaliação deve ser analisada no seu tempo e citou o atual presidente da corte, ministro Gilmar Mendes: “A jurisprudência é essa, o desafio é saber se há um novo espaço de compreensão da norma constitucional. Há conceitos que estão abertos na Constituição”.