Um segundo vídeo mostra o instante em que Barragem I do Córrego Feijão se rompe e uma onda de lama com rejeitos de minério da Vale começam invadir as instalações da companhia em Brumadinho (MG). As imagens foram obtidas pela Rede Globo. De acordo com as câmeras de monitoramento, a estrutura entrou em colapso pela base, às 12h28, do dia 25 de janeiro.
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Um outro vídeo, divulgado pela BandNews, mostra o momento em que a lama invade a área reservada aos trens usados para transporte de minério. De acordo com as imagens, às 12h28, uma nuvem de poeira vem da direção do reservatório que entrou em colapso. Vinte e quatro segundos depois, a onda de lama já está no pátio de manobras dos trens, que fica a cerca de 500 metros da barragem. A área administrativa da empresa, fica cerca de 600 metros à frente.
A Defesa Civil de Minas Gerais foi avisada às 13h37. Este comunicado era o segundo item a ser cumprido de acordo com o protocolo previsto pela empresa em caso de rompimento de barragem. A primeira ação a ser tomada seria o acionamento de um alarme — segundo o presidente da companhia, Fabio Schvartsman, o equipamento foi “engolfado” pela lama.
Além das instalações da empresa, o rompimento da Barragem I do Córrego Feijão soterrou na lama uma comunidade, destruiu casas e matou pelo menos 110 pessoas. Outras 239 vítimas seguem desaparecidas até agora. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o colapso destruiu cerca de 269,84 hectares de mata, o equivalente a cerca de 378 campos de futebol. A Organização Internacional do Trabalho classificou a tragédia como o pior desastre em uma barragem em todo o mundo dos últimos dez anos.