Número de mortos em Brumadinho chega a 99; 259 estão desaparecidos
Foram identificados 57 corpos até o momento. Porta-voz dos Bombeiros diz que dez mortos foram encontrados na região do refeitório da Vale na mina do Feijão
A Defesa Civil de Minas Gerais informou no fim da tarde desta quarta-feira, 30, que subiu de 84 para 99 o número de mortos no rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG). Foram identificados 57 corpos até o momento. Os desaparecidos no desastre, que eram 276 na última atualização, agora são 259.
Segundo o porta-voz dos Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, dez dos corpos foram encontrados entre ontem e hoje na região do refeitório da Vale, uma das áreas atingidas com mais violência pela onda de rejeitos de minério de ferro da barragem. A maior parte do efetivo da corporação trabalha no local.
Ainda conforme Aihara, a forte chuva que caiu em Brumadinho derrubou árvores na estrada de acesso a Córrego do Feijão. Bombeiros trabalham para desobstruí-la.
O porta-voz afirmou que a corporação ainda não trabalha com maquinário pesado na chamada “zona quente” dos rejeitos porque a lama ainda não está nas condições ideais, ao contrário dos limites da mancha. “A lama é um dos terrenos mais difíceis de se trabalhar porque, diferentemente de uma estrutura de concreto, que permite a utilização de maquinário pesado e a retirada de grandes pedaços, a lama é esse material flexível e a possibilidade é muito restrita”, disse Aihara.
Militares de São Paulo reforçaram as buscas nesta quarta e militares de Santa Catarina e Espírito Santo chegarão amanhã à cidade mineira. Um avião de apoio do governo de Goiás não será mais enviado a Brumadinho em função de uma manutenção na aeronave.
O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil, disse que a barragem B6 do complexo, que armazena água, segue monitorada 24 horas por dia, sem risco de rompimento. Um plano de contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva.