VEJA desta semana traz a reconstituição passo a passo da inominável violência sofrida em Caxias, no conturbado Rio de Janeiro, pelo pequenino Arthur, alvejado por uma bala perdida ainda dentro da barriga da mãe. Incrivelmente, ele sobreviveu a pulmões perfurados, ossos quebrados e vértebras lesionadas; na sexta-feira, completou uma semana de vida em boas condições. Arthur transpôs para a crua realidade fluminense um personagem que parecia pura ficção, o feto que perde a inocência antes de nascer retratado pelo inglês Ian McEwan no admirável romance Enclausurado. Também virou símbolo da trágica rotina de tiroteios que inferniza a vida dos moradores das favelas do Rio, um estado falido onde o a criminalidade disparou.
Nas áreas conflagradas, ninguém está a salvo e não há refúgio seguro. Até as salas de aula viraram alvo da fuzilaria constante. A reportagem de VEJA visitou quatro escolas nas zonas de guerra, onde professores têm agendado esta semana um curso de sobrevivência ministrado pela Cruz Vermelha Internacional. O painel que se desenha a partir dos depoimentos colhidos, principalmente aqueles vindos das crianças, é terrível. Uma geração que cresce sob a mira de tiros fala com naturalidade de armas e mortes violentas, como parte inevitável de seu cotidiano.
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