O pai da ex-senadora e pré-candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede), Pedro Augusto da Silva, morreu aos 90 anos, na noite do domingo (14), no Hospital do Idoso, em Rio Branco, no Acre.
Marina está na cidade, onde acompanhava o estado de saúde do pai. Ele era diabético, fazia hemodiálise e tinha problemas cardíacos. Na semana passada, Marina Silva cancelou toda a agenda de compromissos e embarcou na quarta para o Acre.
O velório de Pedro Augusto ocorre na Capela São Francisco, na capital acreana. Por meio de suas contas no Facebook e no Twitter, a ex-senadora comunicou a morte do pai.
Seringueiro cearense
Pedro Augusto da Silva era cearense e migrou ao Acre na década de 1940, para trabalhar na extração de látex em um seringal na comunidade Breu Velho, a cerca de 70 quilômetros de Rio Branco, local onde Marina Silva nasceu. Sua mulher, Maria Augusta, morreu aos 31 anos, quando a presidenciável tinha 15. Marina, que já disputou duas eleições ao Palácio do Planalto, é a segunda dos onze filhos do casal. Três deles morreram ainda bebês.
Reportagens publicadas em 2012 mostraram as dificuldades de Pedro Augusto durante as cheias do Rio Acre. Àquela altura, ele contava três décadas vivendo em uma casa de madeira no bairro pobre de Cidade Nova, área de risco para enchentes. Apesar do problema recorrente com as cheias, relutava em deixar a palafita. “Quando a água do rio estava lá embaixo, Marina pediu para eu sair, mas só vou se a água subir no assoalho. Ainda faltam 45 cm”, disse ele ao jornal Folha de São Paulo.
“Ela veio e pediu para ele sair, mas papai é uma pessoa que, quando quer fazer uma coisa, não tem ninguém que tire”, afirmou Maria Elizete da Silva, irmã de Marina, ao jornal O Estado de S. Paulo, em 2014.