A família Batista decidiu indicar o patriarca José Batista Sobrinho, fundador do Grupo JBS, para substituir Wesley Batista na presidência da companhia. O nome do novo presidente foi aprovado por unanimidade em reunião do conselho de administração da companhia, realizada no sábado.
O argumento da família é que José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, dará “estabilidade” à companhia, cumprindo o mandato do filho, que vai até 2019. José Batista Sobrinho foi o primeiro presidente da JBS, empresa que criou em 1953. É membro do Conselho de Administração da companhia há mais de dez anos, diz a nota distribuída.
O Conselho também definiu a criação de um Time Global de Liderança, responsável por assessorar a presidência em tomada de decisões. O time é composto por Gilberto Tomazoni, André Nogueira e Wesley Batista Filho, que comandam algumas das principais áreas de negócios da JBS e que seguem com suas atribuições e responsabilidades atuais.
Gilberto Tomazoni, presidente global de operações, está na empresa desde 2013 e tem m ais de 30 anos em posições de liderança no setor de alimentos. Uma das principais lideranças da JBS, Tomazoni é responsável por todas as operações da empresa no mundo.
André Nogueira está na companhia desde 2007. Antes de ocupar a sua função atual como presidente da JBS USA, o executivo foi CFO da mesma operação e presidiu a JBS na Austrália.
Wesley Batista Filho era até esta data presidente da divisão de carne bovina da JBS USA, após ter ocupado cargos de liderança na JBS em cinco países desde 2010.
O Conselho de Administração concordou também que a diretoria cuidará de buscar um diretor para a área financeira da JBS S.A. Ainda, na mesma reunião, o Conselho de Administração da JBS deliberou pela nomeação, como seu membro efetivo, de Aguinaldo Gomes Ramos Filho, executivo com experiência nas operações da JBS no Brasil, Uruguai e Paraguai, em substituição a Wesley Batista.
Wesley Batista está preso desde quarta-feira passada na Operação Tendão de Aquiles, que investiga se o empresário usou informação privilegiada para lucrar indevidamente no mercado de ações e de câmbio. A defesa do bilionário teve um pedido de habeas corpus negado pelo TRF da 3a. Região, em SP.
(com Estadão Conteúdo)