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Paralisação na Bacia de Campos acende alerta em municípios dependentes de royalties

Campo de Peregrino, com produção interditada pela ANP, foi responsável no último trimestre por mais de R$ 16 milhões repassados a prefeituras do Rio

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 ago 2025, 15h38

A paralisação das atividades do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, por determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) após inspeção em plataforma, acendeu o sinal vermelho entre prefeitos de municípios do Rio de Janeiro. Com produção iniciada em 2011, o campo é confrontante com uma lista de cidades, como Parati, Búzios, Macaé e Cabo Frio, e só no último trimestre arrecadou R$ 16,2 milhões de participação especial para elas. Algumas prefeituras já adotam medidas de contenção de gastos diante do cenário de menos dinheiro em caixa nos próximos meses.

VEJA teve acesso a um cálculo da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) sobre o impacto financeiro para 21 municípios nos meses de outubro e novembro. As estimativas levam em consideração um mês de produção paralisada no campo. Parati lidera o prejuízo, com R$ 4,3 milhões. A cidade da Costa Verde é responsável por uma fatia de 37,8% dos royalties do campo de Peregrino. Atrás vem Cabo Frio, na Região dos Lagos, com R$ 3,5 milhões, ou 17,5%. Macaé (4,1%) deve deixar de receber R$ 2,8 milhões. Até a capital fluminense deve ser prejudicada, num volume menor, com menos R$ 359 mil de repasse.

Lista de municípios impactados pela paralisação do Campo de Peregrino, na Bacia de Campos
Lista de municípios impactados pela paralisação do Campo de Peregrino, na Bacia de Campos (Reprodução/VEJA)

Com falhas na área de segurança verificadas pela ANP, Peregrino está em processo de mudança de controle da norueguesa Equinor para a brasileira PRIO, num negócio de US$ 3,35 bilhões. Na última segunda-feira, 18, em comunicado a acionistas e ao mercado, a PRIO informou que a agência nacional decidiu, na sexta anterior, pela interdição do navio-plataforma FPSO Peregrino, exigindo melhorias, a cargo da Equinor. O prazo para os ajustes pela empresa europeia vai de três a seis semanas.

O campo de Peregrino opera através de quatro plataformas (FPSO Peregrino, Peregrino A, Peregrino B e Peregrino C, sendo as três últimas plataformas fixas) e produz cerca de 100 mil barris de petróleo ao dia. A PRIO, parceira no consórcio com 40%, assumirá o controle com a compra de 60% da Equinor. O negócio deve ser fechado no começo de 2026. Em ação de auditoria na semana passada (entre os dias 11 e 15), a ANP identificou na FPSO Peregrino “situações de risco grave e iminente”, como estudos de risco desatualizado, sistema de dilúvio deficiente, proteções contra explosões degradadas, falhas no sistema de alarme e cobertura de detectores de fogo insuficiente. 

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