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Peritos buscam causa do incêndio que deixou 11 mortos em hospital no Rio

Delegado que investiga o caso afirma que ainda não é possível assegurar se o fogo começou no gerador do centro médico

Por Da Redação Atualizado em 13 set 2019, 21h59 - Publicado em 13 set 2019, 21h35

Peritos da Polícia Civil do Rio de Janeiro estão tentando encontrar o foco primário do incêndio que atingiu, na quinta-feira 12, o Hospital Badim, na zona norte da cidade. A tragédia deixou onze pacientes mortos. De acordo com o delegado Roberto Ramos, da Praça da Bandeira (18ª DP), que investiga o caso, ainda não é possível confirmar onde começou o fogo.

A hipótese inicial é de que as chamas tenham começado com um curto-circuito no gerador de energia do hospital. Para Ramos, no entanto, ainda não se pode afirmar isso. “Sabemos que o fogo chegou ao gerador, mas estamos vendo o foco primário, para saber se foi no gerador ou não”, disse. Também está sendo investigado se houve um pico de luz que possa ter afetado o aparelho.

Para tentar identificar o início do fogo, a Polícia Civil recolheu os aparelhos de imagem do circuito interno do Hospital Badim. Segundo o delegado Roberto Ramos, o trabalho dos peritos está sendo dificultado pela fumaça, calor e pouca luminosidade dos locais investigados.

Ao ser questionado sobre a hipótese levantada pelo prefeito carioca, Marcelo Crivella, de que o incêndio possa ter sido criminoso, o delegado disse que ainda é prematuro fazer esse tipo de afirmação.

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O coordenador de Operações da Defesa Civil do Município, Sérgio Gomes, disse que o prédio que pegou fogo foi interditado. Outra ala do hospital, recém-inaugurada, que não foi afetada, está liberada. Uma casa particular, nos fundos do Badim, foi interditada parcialmente, pois sofreu danos. O edifício residencial ao lado, que chegou a ser totalmente interditado na quinta, já foi liberado aos moradores, com exceção de uma parte da garagem.

“Interditamos uma parte da garagem, porque há probabilidade de queda de uma parte do revestimento”, disse Gomes.

Flores

No início da tarde, uma cena que chamou a atenção foi a chegada de um grupo de estudantes de escolas municipais, internos de um abrigo em Vila Isabel, que levaram um buquê de flores e um cartaz com frases de apoio às vítimas e às famílias.

“As crianças viram que aconteceu esta tragédia, e resolveram fazer esta homenagem”, disse o responsável pelo grupo, o diácono Roberto, da Arquidiocese do Rio. No cartaz estava reescrito: “Nosso carinho e solidariedade aos doentes, aos familiares e aos profissionais do Hospital Badim”.

O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou na tarde desta sexta-feira a 11ª vítima fatal do incêndio: Ivone Cardoso, que havia sido transferida para o Hospital Israelita Albert Sabin, também na zona norte, e não resistiu.

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(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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