A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a 2ª fase da Operação Greenfield. Os alvos das ações de hoje são investigados por fazerem parte de um esquema de cooptação de testemunhas que poderiam auxiliar as investigações, eventualmente ocultando provas úteis ao esclarecimento dos crimes apurados pela operação.
Cerca de trinta agentes da PF cumprem sete mandados judiciais – cinco no Estado de São Paulo e dois no Mato Grosso do Sul. Todas ações, inclusive um mandado de prisão temporária, acontecem por determinação do Juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no DF.
A suspeita é que um contrato de 190 milhões de reais entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido usado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação.
A suspeita, trazida por uma testemunha à investigação, é que o contrato era de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose e se tratava apenas de uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação. As investigações seguem em sigilo.
Primeira fase
Em setembro do ano passado, a PF deu início às investigações e deflagrou a primeira fase da operação para apurar possíveis fraudes nos principais fundos de pensão do Brasil: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios). Ao todo, foram expedidos 127 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília, sendo sete de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34 de condução coercitiva.
Além dos mandatos cumpridos em setembro, a Justiça também determinou o bloqueio de 8 bilhões de reais em bens de 103 pessoas físicas e jurídicas em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal.