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PF descarta sabotagem em acidente aéreo que matou Teori Zavascki

Segundo o delegado Rubens Maleiner, responsável pelas investigações, a hipótese de sabotagem foi descartada

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 11 jan 2018, 12h04 - Publicado em 10 jan 2018, 16h41
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  • Embora a investigação sobre o acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki não esteja finalizada, a Polícia Federal concluiu que não houve ato intencional que tenha provocado a queda da aeronave em Paraty, em janeiro de 2017 — descartando, assim, a hipótese de sabotagem.

    A informação foi apresentada pelo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, e pelo delegado Rubens Maleiner, que chefia a investigação, em reunião com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (10).

    “A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, em diversos exames periciais, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado”, disse o delegado.

    Para fechar a conclusão da causa do acidente, Maleiner afirmou que são necessárias mais algumas perícias. Entretanto, no encontro de cerca de uma hora e meia, ele afirmou que a apuração está em estágio bastante avançado.

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    “Existe um conjunto de fatores que podem ter levado àquele desfecho, que dizem respeito a condições meteorológicas, trajetórias e alturas desempenhadas pelo piloto naquela tentativa de aproximação para Paraty, e a condição de voo pelo visual e pela questão instrumental”, completou.

    Quando perguntado se a hipótese mais provável para a queda seria a de falha humana, o delegado apenas afirmou “estamos avançando”. Também não foram encontradas nos destroços da aeronave vestígios de falhas que pudessem ter sido evitadas antes da decolagem, bem como explosivos e produtos químicos que pudessem causar incêndio dentro do avião.

    Desde o dia da queda, os motivos do acidente são investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) e pela PF de Angra dos Reis. Além de periciar destroços da aeronave e gravações das conversas entre piloto e torre de controle, o inquérito realizou exames nos corpos do piloto, do ministro e das outras vítimas para descartar qualquer tipo de anormalidade.

    Maleiner explicou nesta quarta que as duas linhas de investigações tendem a ser independentes “ao máximo”. “O Cenipa tem fins exclusivamente preventivos, já a da PF tem um fim de elucidação do fato para investigar eventuais condutas de pessoas que possam ser apontadas como responsáveis por aquele resultado” disse.

    A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90 decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu perto da Ilha Rasa, em Paraty (RJ), a 2 km da cabeceira da pista do aeroporto onde pousaria.

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    Além do ministro Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da avião, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk.

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