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PF encontra drogas, joias e arma em endereços de deputados de MT

Parlamentares foram alvo da Operação Malebolge, deflagrada a partir da delação do ex-governador do estado Silval Barbosa

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 jun 2024, 19h19 - Publicado em 15 nov 2017, 13h46

Joias, entorpecentes e até mesmo uma arma estão entre os itens apreendidos em endereços ligados a deputados estaduais de Mato Grosso, alvo da Operação Malebouge, embasada na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As buscas e apreensões miram o pagamento de propinas a políticos do estado, entre eles, os flagrados nas imagens da romaria para o recebimento de maços de dinheiro no gabinete de Silval, o delator peemedebista.

A Operação Malebolge, deflagrada no dia 14 de setembro, por ordem do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, tem como alvo sete deputados estaduais de Mato Grosso. Naquele dia, a Polícia Federal vasculhou por mais de duas horas os gabinetes e endereços residenciais de Wagner Ramos (PSD), Silvano Amaral (PMDB), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (PMDB), José Domingos Fraga (PSD), Oscar Bezerra (PSB) e Gilmar Fabris (PSD).

Na residência de Itamara Cenci, ex-mulher do deputado Fraga, foram encontradas cápsulas de ecstasy “em formato de sorvete”, como descreveu a Polícia Federal. A perícia ainda vai avaliar o conteúdo de um envelope com 14,5 gramas de pó branco. As drogas estavam em um cofre. Diversos brincos, pulseiras e anéis também foram localizados na casa de Itamara.

Fraga é um dos deputados que aparecem em vídeos pegando dinheiro no gabinete de Silval. Ele levou os maços em uma caixa de papelão.

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No endereço de Airton Rondina (PSD), que foi flagrado em vídeo pegando dinheiro no gabinete de Silval , havia uma garrucha de cano simples e cinquenta cartuchos de munição.

Maria Aparecida Gonçalves, com quem o deputado Romualdo Júnior tem uma filha, também foi conduzida coercitivamente e alvo de buscas e apreensões. Na declaração de seu imposto de renda de 2015/16 encontrada em sua casa foi identificada uma doação do parlamentar no valor de 300.000 reais.

Investigação

Ao pedir a investigação sobre a origem do repasse, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que é “importante destacar que entre os crimes investigados, em tese praticados por Romoaldo Júnior, encontra-se o crime de corrupção passiva por ter recebido a quantia de 600.000 reais, em doze parcelas de 50.000 reais do então governador Silval Barbosa na condição de Deputado Estadual para manter a governabilidade, votar de acordo com os projetos do governo e não investigar os membros do alto escalão”.

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