PM amamenta bebê que não é seu durante blitz e provoca polêmica
Corporação no Pará publica no Facebook post com fotos do ‘lindo gesto’, mas internautas lembram que prática não é recomendada por entidades de saúde

No domingo, a Polícia Militar do Pará divulgou um relato sobre uma abordagem. Um homem com um bebê recém-nascido foi parado pelos policiais em uma ação preventiva. Enquanto ele era interrogado, a criança, filho do abordado, começou a chorar.
Uma soldado, Ana Maria, que participava da abordagem, supôs que a criança poderia estar com fome e se ofereceu para amamentar o bebê. De acordo com o Facebook da PM, “a guarnição e o pai foram em busca de um local reservado e aconchegante para que o bebê pudesse mamar tranquilamente”.
O post da PM do Pará viralizou nas redes sociais, com mais de 4.400 compartilhamentos no Facebook, e, nos comentários, muitos elogiavam a atitude. No entanto, outros alertaram para o perigo de a criança ingerir o leite que não é de sua mãe.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), órgão ligado ao Ministério da Saúde, é contraindicada a chamada “amamentação cruzada, como é conhecida a prática de mães que amamentam filhos de outras (…), podendo transmitir doenças, infecto-contagiosas, sendo a mais grave a Aids”. A contraindicação da prática começou a ocorrer a partir de 1985, justamente em razão do avanço da doença.