Diminuiu de 45 para 34 o número de pessoas não localizadas por integrantes do serviço social da Prefeitura de São Paulo após o incêndio que levou ao desabamento de um edifício de 22 andares no Largo do Paissandu, Centro da cidade, na madrugada desta terça-feira (1). Onze moradores do prédio se apresentaram à assistência social no início da noite de hoje.
As 34 pessoas que ainda não foram encontradas não são consideradas desaparecidas porque não há confirmação de que estavam no local no momento do desabamento. “Não temos nenhum indício de que elas estejam lá. Indício, por exemplo, é o depoimento de alguma pessoa que viu alguém ficar para trás, que sabia que ela morava no andar de cima”, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo. Ele informou que os não localizados podem ser moradores de rua eventuais, frequentadores do prédio ou mesmo pessoas que já deixaram o local.
Apenas um homem, incluído entre os 34 moradores não encontrados, é tratado oficialmente como desaparecido até agora. Trata-se da vítima que os bombeiros tentaram resgatar no nono andar do prédio, mas acabou caindo no momento em que o edifício, em chamas, desabou.
Palumbo declarou que “só um milagre” para que ele esteja vivo, mas ressaltou que as buscas estão sendo feitas considerando que a vítima ainda pode estar com vida. “Não podemos perder a possibilidade de localizar essa vítima sem que haja uma movimentação estrutural brusca. Se mexo com retroescavadeira, pode alterar algum ponto, como um bolsão de ar em que essa vítima possa estar.” Somente serão usados aparelhos pesados, como restroescavadeiras após 48 horas do desmoronamento.
Os trabalhos do Corpo de Bombeiros no local se estenderão pela madrugada, em uma atividade de resfriamento dos escombros. Do entulho ainda sai uma intensa quantidade de fumaça branca, que os bombeiros afirmam ser vapor d’água. Segundo a corporação, cem homens manterão as atividades durante o início desta quarta-feira (2).
(com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)