Presídios têm novas tentativas de rebelião em Manaus
Polícia Militar conseguiu controlar início de motins em centro de detenção provisória e Instituto Penal, vizinhos ao complexo onde 56 presos foram mortos
O governo do Estado do Amazonas informou no início da noite desta segunda-feira que presos da unidade vizinha ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde ocorreu o massacre de 56 internos*, voltaram a tentar fugir e deram início a uma rebelião, que acabou controlada pela Polícia Militar.
Em nota, a administração informou que, por volta das 13h30, as unidades do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) registraram uma “movimentação” de internos. No CDP, segundo o comunicado, os detentos de um dos pavilhões tentaram fugir, tendo sido impedidos por policiais militares que faziam reforço da segurança no local.
No Ipat, os presos realizaram um “batidão de grade”, que foi contornado em seguida pela direção da unidade. A situação é considerada estável no início da noite. Foi do Ipat que 87 presos escaparam na tarde deste domingo em uma ação que teria sido “orquestrada” com apenados do Compaj para dividir a atenção das forças de segurança.
Enquanto a fuga era contida no Ipat, detentos se rebelaram no complexo, que é vizinho, e assassinaram cerca de 60 internos. O secretário de Segurança, Sérgio Fontes, informou que sete haviam sido recapturados até o início da tarde.
*A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas divulgou uma revisão no início da noite desta segunda do número total de mortos no massacre do presídio em Manaus. Segundo o órgão, foram 56 mortes, e não 60, como havia sido informado no final da manhã.
(Com Estadão Conteúdo)