Quatro desafios para a retomada do turismo em Fernando de Noronha
No início de setembro, a ilha voltou a receber visitantes, depois de cinco meses fechada em decorrência do coronavírus
– Testagem
No início de setembro, a ilha voltou a receber turistas, depois de cinco meses fechada em decorrência do coronavírus. O fluxo ainda é bem pequeno e é permitido apenas o desembarque de pessoas que já tiveram a Covid-19. Considerada excessivamente limitadora, a estratégia gerou insatisfação dos comerciantes locais, que promoveram atos de protesto no local e no Recife na última terça, 8.
– Voos
A ilha, que chegou a contar com cinco voos diários da Azul e da Gol, passou a ter apenas um semanal operado pela primeira companhia. As duas empresas já informaram que só pretendem ampliar as frequências com saídas e chegadas no Recife a partir de outubro.
– Comércio
Nada menos que 98% dos moradores de Fernando de Noronha dependem diretamente da atividade turística. Associações de empresas do setor ainda contabilizam as demissões e os prejuízos com a manutenção dos estabelecimentos enquanto precisam planejar o recomeço. Isso implica na recontratação de profissionais, que leva de sete a catorze dias, na preparação e adequação dos estabelecimentos e na renegociação de contratos com os fornecedores para a aquisição de insumos.
– Serviços
Pousadas e hotéis correm para reagendar os pacotes turísticos vendidos antecipadamente, muitos deles, segundo empresários e agentes de viagens, comprados há mais de um ano. Esse esforço precisa ser feito com a mesma urgência e concomitantemente à readequação dos estabelecimentos aos novos protocolos sanitários.
Publicado em VEJA de 16 de setembro de 2020, edição nº 2704