Rebelião em Taubaté segue com 10 reféns; quatro foram libertados
Negociações continuam na manhã desta quinta e, segundo as autoridades, a pauta de reivindicações dos presos não está definida; unidade está superlotada
Mais três reféns foram libertados entre a noite de quarta-feira e a manhã desta quinta (9) na rebelião do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. O motim, que começou na tarde quarta, continua.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária ainda há, ao todo, onze pessoas mantidas reféns pelos presos na unidade (nove religiosos e dois agentes penitenciários).
Um dos reféns foi libertado às 21h e outro às 22h40. Um terceiro deixou a unidade às 8h20. Até as 19 horas de quarta-feira, uma quarta refém, integrante da igreja Deus é Amor, também havia sido liberada.
As negociações continuam na manhã desta quinta e, segundo as autoridades, a pauta de reivindicações não está definida. O CDP está superlotado, com quase o dobro da população carcerária que comporta. A capacidade é para 844 detentos, mas a unidade abriga 1.521.
De acordo com a SAP, a rebelião teve início por volta das 15 horas, quando os dois agentes foram tomados como reféns. Os membros das igrejas, que estavam no presídio para dar assistência religiosa aos detentos, também foram dominados.
Os detentos amotinados incendiaram roupas de cama e depredaram parte das instalações. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), força especializada em conflitos da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), está de prontidão para agir. A Tropa de Choque da PM também oferece apoio.