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Relator da LDO critica ‘canetada’ de Lula mesmo após negociações

Para Danilo Forte, os vetos do presidente ao projeto orçamentário, segundo ele, já debatidos entre as partes, 'cria um desconforto'

Por Da Redação Atualizado em 7 Maio 2024, 16h36 - Publicado em 5 jan 2024, 08h43

O primeiro convidado de 2024 do programa Os Três Poderes, nesta sexta-feira, 5, apresentado pela colunista Marcela Rahal, foi o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE). O parlamentar divulgou nesta semana uma nota manifestando sua “preocupação” com os vetos do presidente Lula à LDO, publicada na terça-feira no Diário Oficial da União. Danilo foi entrevistado pelos colunistas Matheus Leitão, Ricardo Rangel e José Benedito da Silva.

‘Desconforto’

Questionado pela apresentadora Marcela Rahal se os vetos desgastaram, principalmente o que trata do calendário de pagamento de emendas impositivas, a relação com o Executivo, o deputado afirmou que o maior problema foi que tudo já havia sido debatido entre as duas partes e que isso “cria um desconforto” entre os poderes, além de lamentar o que chamou de “canetada” de Lula.

O parlamentar ressaltou que os diversos segmentos que participaram das negociações “colocaram as suas preocupações” e que mesmo assim houve mais de trinta vetos por parte do governo federal à lei que baseia as regras do Orçamento 2024.

“E, dentro disso tudo, o governo veio com 35 vetos. Eu acho que ali houve, inclusive, um problema de acompanhamento. Porque eu estive várias vezes com o ministro Haddad, com a ministra Simone Tebet, com o ministro Padilha, com o ministro Rui Costa…”, disse Forte.

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“E o governo em uma canetada ofertou 35 vetos dentro de um projeto que foi discutido com o governo. Todos os pontos foram discutidos. Inclusive no acordo foi dito pelo próprio representante da liderança do governo, o deputado (Carlos) Zarattini (PT-SP), que o único ponto discordante era com relação ao cronograma das emendas. E todos os demais estavam acordados”, acrescentou.

O deputado completou dizendo que os vetos causaram “surpresa” por criar um “desconforto”. “Quem é o interlocutor? Quer dizer que agora o acordo pra votar não vale pra governabilidade?”, citando uma declaração de Zarattini.

O veto ao calendário de emendas vai cair?

Questionado por Matheus Leitão se o Congresso vai derrubar o veto ao calendário de emendas, o deputado defendeu que o chamado calendário de emendas está na Constituição Federal e que os parlamentares “não estão inventando nada”. “Tanto que ninguém questionou constitucionalmente o cronograma, só disseram que é difícil a aplicação por causa do planejamento do governo. Tem base legal”, disse, completando que o Parlamento “vai enfrentar o debate”.

“Eu não tenho dúvida de que, se mantido esses vetos, com certeza o Parlamento não vai cortar pra dentro. O Parlamento não vai se mutilar naquelas conquistas que o Parlamento teve. O Parlamento vai fazer esse enfrentamento e vai consolidar o seu espaço de poder. E vai continuar dialogando com o Poder Executivo e com o Judiciário aquilo que é pertinente. Não tenho dúvidas de que nós vamos enfrentar esse debate”, concluiu Danilo Forte.

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Os vetos

Um dos trechos vetados da LDO foi o da criação de um calendário para o pagamento de emendas impositivas (obrigatórias), que determinava o empenho dos recursos em até trinta dias após a divulgação das propostas. Lula alegou que a medida violava dispositivo da Constituição. Para o deputado, a iniciativa do chefe do Palácio do Planalto afeta “o grande objetivo” da lei, que seria “conferir um nível maior de previsibilidade, transparência e de execução do Orçamento Federal”.

Forte comentou que o texto aprovado pelo Legislativo representou “um passo firme do Congresso Nacional em assumir sua prerrogativa constitucional de elaborar, discutir e aprovar a peça orçamentária, bem como um avanço na fiscalização da execução dos recursos destinados às políticas públicas do país”.

“Foi a partir desta LDO, construída verdadeiramente sobre a lógica participativa, que aprovamos importantes marcos institucionais e políticos que visam a fortalecer a autonomia do Poder Legislativo, preservar e garantir recursos aos municípios, sobretudo às pequenas prefeituras, além de assegurar uma distribuição mais justa dos programas sociais federais, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida, hoje voltado para os grandes centros urbanos”, complementou.

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Moraes e o 8 de Janeiro

Os preparativos para a cerimônia que marca o aniversário do 8 de Janeiro também será tema da edição. Em entrevista a VEJA, o ministro do STF Alexandre de Moraes conta em detalhes os bastidores dos atos golpistas do 8 de Janeiro, que completam um ano na próxima segunda. O magistrado diz que os ataques foram “algo organizado”, e não uma “baderna”. Moraes também fala dos planos que os extremistas tinham de prendê-lo, matá-lo e até “sumir” com o seu corpo, cita ameaças contra sua família e avalia o que pode ser feito para que novos casos não se repitam. O juiz opina ainda sobre o papel de líderes radicais, como Jair Bolsonaro, nos atos do 8 de Janeiro e afirma que “houve omissão” de autoridades. Assista aqui à entrevista em vídeo.

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