Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma
Continua após publicidade

Risco de rompimento de barragem em Barão de Cocais causa tensão na região

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, a estrutura tem risco de rompimento entre 19 e 25 de maio; População local está em pânico

Por Da Redação 19 Maio 2019, 20h04
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O risco iminente de rompimento da barragem da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais, tem deixado cada vez mais tensos os moradores da região. Segundo o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a estrutura pode se romper entre este domingo, 19, e 25 de maio. Diante da situação, os procuradores fizeram recomendações para que a mineradora Vale adotasse imediatamente uma série de medidas para deixar claro à população da região os riscos do possível rompimento.

    A coordenadora nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) Maria Júlia Andrade, afirmou que a forma como as informações estão sendo repassadas pela Vale é inadequada, o que tem gerado “pânico e terror” na população local. Ela diz que há uma preocupação muito grande, nos últimos dias, após ter vindo à tona a informação de que existe um talude da cava da mina prestes a desmoronar.

    “Este problema já existia, mas ele só veio à tona agora. E o maior problema é que esta cava está localizada muito perto, cerca de 300 metros, da barragem que já estava em risco máximo há mais de três meses”, disse a coordenadora. “As pessoas não sabem se o risco é real, não sabem se a barragem vai romper ou não. Só sabem que existe um pânico e um medo de uma bomba relógio em cima de suas cabeças”.

    De acordo com a nota do Ministério Público, a Vale deve comunicar “por meio de carros de som, jornais e rádios, informações claras, completas e verídicas” sobre a condição estrutural da barragem, além de fornecer “total apoio logístico, psicológico, médico, bem como insumos, alimentação, medicação, transporte e tudo que for necessário” às pessoas eventualmente atingidas.

    A mineradora Vale iniciou na última quinta-feira, 16, a construção de uma contenção de concreto, que vai funcionar como uma barreira física caso haja rompimento da barragem. Em nota, a Vale informou que iniciou a terraplenagem para a construção da barreira, a 6 quilômetros da barragem.

    Continua após a publicidade

    “Além dessa estrutura que, após concluída, fará a retenção de grande parte do volume de rejeitos da barragem Sul Superior em caso de rompimento, a Vale está realizando intervenções de terraplenagem, contenções com telas metálicas e posicionamento de blocos de granito. Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita”, diz a mineradora.

    O padre José Antonio de Oliveira, de 67 anos, do Santuário de São João Batista em Barão de Cocais, afirmou que “o que vivemos é um terrorismo psicológico”. O religioso está há três anos na cidade e é o refúgio de moradores aflitos com a possibilidade de ruptura da barragem da Vale no município, a partir deste domingo. Ao mesmo tempo, figura entre os prováveis desalojados pela lama, caso a represa se rompa. “A igreja, não, mas a casa paroquial está na área que pode ser atingida”, conta.

    O religioso diz ser grande o número de relatos de doenças relatadas pelos fiéis. “Atendo muita gente com depressão e com outras doenças que agora se agravaram.” O clima na cidade, segundo o padre, é de insegurança e apreensão. “O simulado, o meio-fio pintado. Tudo isso é um terrorismo psicológico. Cria um ambiente pesado”, diz. A tinta no meio-fio serve para marcar o alcance da lama.

    (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    SEMANA DO CONSUMIDOR

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
    Apenas R$ 5,99/mês*
    ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

    Revista em Casa + Digital Completo

    Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
    Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
    a partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.