São Paulo tem o início de outubro mais chuvoso desde 1961
O volume de chuva já ultrapassou o total da média do mês na capital paulista e na região Sul do país
Mal começou outubro e as chuvas já ultrapassaram a média mensal em toda a região Sul e em parte de São Paulo. A capital paulista foi a recordista em volume. Nos nove primeiros dias, a cidade teve quase o dobro de precipitação do que a média mensal, atingindo o maior volume dos últimos 62 anos para essa época. Até essa segunda-feira (9), São Paulo acumulava 217 mm de chuva. A média normal é de 127 mm.
No Sul do país, as chuvas continuam trazendo problemas. Em Santa Catarina, 54 cidades estão em situação de emergência, depois dos temporais do fim de semana. No sábado (7), foram fechadas as barragens de Ituporanga e José Boiteux. O governo do estado distribuiu 8.637 itens de assistência humanitária. “Na região continental de Florianópolis, o volume está 49% acima do volume da média mensal do período”, diz Josélia Pegorim, da Climatempo. No Paraná, a precipitação chegou a 172,6 mm, em Curitiba, cidade que costuma receber 261 mm em média ao longo do mês.
“Outra frente fria atinge a região Su,l na quarta-feira, provocando mais chuvas nos três estados. Porém, as precipitações serão mais volumosas no centro, no norte e oeste do Rio Grande do Sul”, diz Josélia. Na sexta-feira, a frente fria avança para São Paulo, provocando queda de temperatura na capital – onde a temperatura deve cair para 21 graus – e no litoral, atrapalhando o feriado de quem pensa em viajar para a praia.
Enquanto isso, a seca continua no Norte do país. “Ali, os problemas só estão começando”, avisa Josélia. A estiagem vai se prolongar por muito tempo ainda, aumentando os problemas de abastecimento, impossibilitando a pesca e a navegação em várias regiões. No Amazonas, uma força-tarefa distribui água e comida em comunidades ribeirinhas com a ajuda de helicóptero, nesta segunda-feira (8). “O problema maior é que no verão o volume de água das chuvas será menor do que o normal para a época, dificultando a recuperação do nível dos rios.”