Depois de ser escolhido pela União Cruzmaltina, escola de samba que disputa a Série Prata no Carnaval do Rio, como enredo para 2024, o ex-governador Sergio Cabral disse nesta sexta-feira, 8, que não vai aceitar a homenagem. O anúncio foi feito em seu perfil no Instagram, quase dois meses após sua escolha pela agremiação, que tem relação com torcidas do Vasco da Gama. A justificativa dada por Cabral para negar a festa, inclusive, tem a ver com o atual momento esportivo do clube.
No vídeo, o ex-governador agradece a intenção da escola em homenageá-lo e diz ter ficado “muito comovido”. Ele também agradece ao presidente da escola, Rodrigo Brandão, que segundo Cabral o defendeu das críticas de torcedores, quando seu nome foi anunciado como enredo. E justifica que o momento, no entanto, pede uma homenagem à história do clube.
“Os últimos acontecimentos exigem que a nação vascaína se una em torno não da biografia de uma pessoa, de um ídolo, de um vascaíno ilustre. Esse momento exige que todos nós, vascaínos, façamos homenagens à história do Vasco, à história da criação do Vasco, à história do clube que foi o primeiro do Brasil a colocar pretos para jogar futebol”, afirma.
Além da posição ruim na tabela do Campeonato Brasileiro deste ano e do risco de um novo rebaixamento, o Vasco luta contra uma decisão da Justiça do Rio, que tem impedido o time de mandar jogos com público em seu estádio, São Januário, como sempre fez. Segundo a decisão do Tribunal de Justiça do estado, “é preciso preservar a segurança dos torcedores” e o clube não poderá a jogar lá com seus torcedores novamente até que uma perícia comprove que não há riscos. A medida tem causado grande repercussão e críticas entre apoiadores do clube.