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Temperatura global sobe 2°C pela primeira vez

Variação ultrapassou o limite estabelecido pelo Acordo de Paris; países precisam tomar ações mais rigorosas

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 nov 2023, 18h37 - Publicado em 21 nov 2023, 18h00
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  • Aquecimento global piorou a seca no leste africano
    ESTRESSE - Seca, alagamentos e queimadas são algumas das consequências do aquecimento global. (piyaset/Getty Images)

    Aprovado por 195 países, o Acordo de Paris tem o compromisso de limitar o aquecimento global em 1,5°C, a fim de proteger o planeta das mudanças climáticas, que colocam em risco a população mundial, em maior e menor grau, dependendo da vulnerabilidade de cada grupo. Na prática, as ações estão abaixo do necessário para evitar a elevação dos termômetros. A ineficiência dos governos em relação ao meio ambiente ficou escancarada no último sábado (18), quando o instituto Copérnicus, Programa de Observação da Terra da União Europeia, divulgou que a variação da temperatura chegou pela primeira vez a 2,07 graus.

    Samantha Burgees, diretora do departamento de mudanças climáticas do instituto escreveu nas redes sociais: “Este foi o primeiro dia que a temperatura global passou dos 2°C cima dos níveis de 1950-1900”. A preocupação geral é que este seja o primeiro de muitos dias com a mesma condição. A postagem se refere a sexta-feira (17), data que entra para a história como o dia mais quente do planeta. Samantha explicou que a variação registrada é de 1,7°C, mas quando comparada ao período anterior a humanidade queimar carbono fóssil em larga escala, a alteração sobe para 2,07 graus.

    Mas o novo recorde de aquecimento não significa o fracasso do Acordo de Paris. Significa, sim, que o limite do aquecimento tão temido pelos cientistas e ambientalistas está cada vez mais próximo. A natureza já se encontra sob pressão de variações elevadíssimas, principalmente neste ano de El Niño. A reposta do meio ambiente para o “novo normal” surge em forma de alagamentos, como os provocados pelas chuvas torrenciais no Sul do País, de seca, que este semestre matou mais de 100 botos no Norte, e de calor fora do padrão, em muitas regiões do Sudeste.

    A divulgação do novo recorde de variação veio duas semanas antes da a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UN COP28), que acontece este ano em Dubai. O Brasil participa do evento e deve liderar as discussões sobre o agronegócio sustentável, que busca integrar lavoura, floresta e pasto, protegendo a vegetação nativa e adotando técnicas menos agressivas ao meio ambiente.

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    Apesar desse protagonismo no evento, o Brasil está longe de cumprir as metas assumidas pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro. Em setembro, Lula anunciou mudança nos planos e metas mais acanhadas foram apresentados pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Cúpula da Ambição Climática em Nova York. O governo federal adotou metas próximas às estipuladas em 2015, e determinou redução de emissão de 48% dos gases de efeito estufa, para 2025, e 53%, para 2030.

    Um estudo do Observatório do Clima aponta que para cumprir a meta, o desmatamento da Amazônia teria de ser reduzido pela metade em pouco mais de dois anos – o que é um desafio e tanto. Mas não é impossível. Isso já ocorreu, em 2004, quando o Brasil colocou em prática o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, a redução chegou a 48% em perídio similar ao que precisa alcançar atualmente. É uma questão de políticas públicas, rígidas nas fiscalizações, e com incentivos para que a vegetação seja mantida.

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