O Rio de Janeiro entrou em estágio de atenção na noite desta sexta-feira 1º, por conta das fortes chuvas em diferentes pontos da cidade. Segundo o Centro de Operações, as regiões mais afetadas são as zonas Norte e Oeste, desde cerca de 18h40 (horário local). Mais de 30 comunidades tiveram sirenes acionadas por riscos de desmoronamento e correntezas se formaram em diferentes ruas, mas nenhum incidente com vítimas foi registrado.
Um dos locais atingidos foi o sambódromo da Marquês de Sapucaí, que alagou horas antes do início dos desfiles das escolas de samba da Série A (equivalente à segunda divisão do Carnaval carioca). Com a situação crítica, o início do evento foi adiado das 22h30 para as 23h.
Antes mesmo da chuva, os desfiles estiveram ameaçados por ação da juíza da 1ª Vara de Fazenda Pública do Rio, Monica Teixeira, que, na quinta-feira, acatou pedido do Ministério Público e determinou uma inspeção do Corpo de Bombeiros em um prazo de 24 horas para liberar o local.
A promotora informou que diversas irregularidades foram encontradas no sambódromo, expondo o público a riscos. O MP-RJ elencou pelo menos trinta problemas identificados no local, como instalações elétricas improvisadas e ausência de extintores de incêndio.
Na tarde desta sexta-feira, a Marquês de Sapucaí foi liberada pelo Corpo de Bombeiros. Para que os desfiles sejam realizados, foi necessário, ainda, que representantes da Riotur e da Liga Independente das Escola de Samboa (Liesa) assinassem um Termo de Responsabilidade.
A primeira das sete agremiações a se apresentar na Série A do carnaval carioca é a Unidos da Ponte. Outras seis escolas do mesmo grupo desfilam na noite de sábado 2. Os desfiles do Grupo Especial, que reúne as 14 escolas da elite, acontecem nas noites de domingo 3, e segunda-feira 4.