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Temporal deixa quatro mortos no Rio; ciclovia volta a ceder

Chuvas atingiram bairros como Jardim Botânico, Copacabana, Jacarepaguá, Vidigal e Barra, além da favela da Rocinha; cidade segue em estágio de crise

Por Da Redação Atualizado em 9 abr 2019, 13h20 - Publicado em 8 abr 2019, 21h36
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  • Os temporais que atingiram vários pontos do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira, 8, levaram a prefeitura carioca a decretar estágio de crise por volta das 20h55 – a cidade segue nessa situação nesta terça. Ao menos quatro mortes foram registradas até as 13h de terça-feira.

    Novamente em um dia de forte chuva, um trecho da ciclovia Tim Maia desabou na Avenida Niemeyer. É pelo menos a quarta vez que trechos da pista cedem. Na primeira delas (em abril de 2016, pouco após a inauguração), duas pessoas morreram. Em entrevista, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que, apesar dos acidentes, a via é “segura”.

    No fim da noite desta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros confirmou a primeira morte em decorrência dos alagamentos: um homem – que foi identificado como Guilherme Fontes, de 30 anos, um motoqueiro – foi encontrado embaixo de um veículo no bairro da Gávea e afogamento é apontado como causa provável para o óbito. Ele teria caído de sua motocicleta e sido arrastado pela correnteza.

    Já duas mulheres, que são irmãs, morreram em um desabamento no morro da Babilônia, no Leme. No mesmo incidente, outra pessoa (tia delas) foi resgatada com ferimentos. A quarta vítima é um homem eletrocutado em Santa Cruz, na zona oeste.

    “A gente gostaria de pedir às pessoas que não saíssem de casa. Tocamos 34 sirenes em 21 comunidades (o número depois foi atualizado para 39 sirenes). Teve 90 milímetros em uma hora, isso causou um caos”, alertou o prefeito Marcelo Crivella.

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    Na madrugada desta terça-feira, 9, a Rede Municipal de Ensino declarou suspensas as aulas em escolas durante o dia. A chuva perdeu força após o ápice na noite, mas diversas pessoas seguem isoladas em meio a alagamentos em diferentes pontos da cidade.

    De acordo com o Sistema Alerta Rio, núcleos de chuva forte atingiram Zona Sul, a Grande Tijuca e pontos da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Os pluviômetros da prefeitura apontam que houve temporais acompanhados de raios e trovões em bairros como Jardim Botânico, Copacabana, Jacarepaguá, Vidigal e Barra, além da favela da Rocinha, que fica entre Gávea e São Conrado.

    O estágio de crise decretado pela administração do prefeito Marcelo Crivella (PRB) é o terceiro nível em uma escala de três, o que significa chuva forte a muito forte nas próximas horas, com possibilidade de alagamentos e deslizamentos.

    Segundo o Alerta Rio, foram acionadas 35 sirenes em 19 comunidades, entre elas, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo e Cabritos, na Zona Sul da cidade, e no Morro do Formiga, no bairro da Tijuca, na Zona Norte.

    Chove muito forte também na Lagoa, em Humaitá e Botafogo, que estão com as ruas completamente alagadas. Na Rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico, carros foram arrastados pela força da água e há muito lixo na rua. As avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros, também na Lagoa, estão intransitáveis.

    O acesso à estação do metrô na Praça General Osório, em Ipanema, ficou alagado, mas não chegou a ser fechado ao público. Os trens da concessionária Metrô Rio e da SuperVia funcionam com circulação reduzida entre as composições.

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    Na Zona Norte, a Avenida Maracanã está interditada nos dois sentidos. O Rio Maracanã transbordou na altura do estádio e impede a passagem dos veículos em direção ao centro e à Zona Norte da cidade. O Alto da Boa Vista está interditado no sentido Barra da Tijuca, devido ao grande volume de chuva e à queda de árvores.

    O Alerta Rio reforça a previsão de chuva forte para as próximas horas, devido à influência de ventos em altos níveis da atmosfera, em conjunto com um sistema de baixa pressão no oceano.

    A Marinha enviou um aviso de ressaca do mar que vai vigorar das 9 horas desta terça-feira, 9, às 9 horas da quinta-feira, 11. De acordo com o alerta, as ondas poderão chegar a 2,5 metros de altura na orla do Rio.

    (Com Agência Brasil)

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