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Tragédia em Brumadinho completa um mês com 131 desaparecidos

Rompimento de estrutura soterrou instalações da mineradora Vale; Corpo de Bombeiros estima mais até três meses de trabalhos de buscas

Por Da Redação Atualizado em 25 fev 2019, 10h09 - Publicado em 25 fev 2019, 08h42
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  • Helicóptero sobrevoa área de rompimento de barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte - 25/01/2019 (Uarlen Valerio/O Tempo/Folhapress)

    Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), os trabalhos de buscas tentam localizar 131 desaparecidos. O número de mortos confirmados até a manhã desta segunda-feira, 25, chega a 179. O rompimento da estrutura por volta das 12h20 de 25 de janeiro espalhou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração.

    O mar de lama soterrou instalações da área administrativa da empresa — como o refeitório, que era usado pelos funcionários no horário de almoço — destruiu uma pousada e atingiu o rio Paraopeba. Para evitar contaminação, o governo de Minas Gerais proibiu o consumo de água do rio.

    A barragem era classificada pela Agência Nacional de Mineração (AMN) como uma estrutura de “baixo risco” em relação à possibilidade de haver algum desastre e rompimento da estrutura. Por outro lado, segundo informações do Cadastro Anual de Barragens, o dano potencial que seu rompimento poderia causar era classificado como alto.

    No domingo 24, ocorreram manifestações em Brumadinho e em Belo Horizonte para homenagear os mortos. Pela estimativa do Corpo de Bombeiros, os trabalhos de resgate e de localização de vítimas deverão se estender por mais dois ou três meses.  Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o rompimento é o pior desastre em uma barragem em todo o mundo na última década.

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    Oito profissionais da Vale ligados à segurança da estrutura seguem presos. Para o Ministério Público de Minas Gerais, não foi acidente, mas “crime doloso” (com intenção) e, por isso, é preciso investigar até a cúpula da Vale. Uma das linhas de apuração envolve descobrir quem detinha informações sobre a barragem antes do rompimento.

    Pagamentos

    Mediante acordo com o MP, a Vale pagará mensalmente o valor equivalente a um salário mínimo a cada morador adulto de Brumadinho durante um ano. A empresa concordou com parte das propostas dos procuradores, de representantes dos atingidos pela tragédia e do governo.

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    Duas tentativas de acordo anteriores haviam fracassado. Nesta nova negociação, o valor será, por mês, 998 reais (um salário mínimo) por adulto, 499 reais (meio salário mínimo) por adolescente e 249 reais (um quarto de salário mínimo) por criança. Os valores são retroativos a 25 de janeiro, quando ruiu a barragem, mas não há data para o início dos pagamentos, o que depende de cadastramento.

    Segundo o Ministério Público Federal, o acordo envolve ainda moradores que vivem às margens, até um quilômetro, do leito do rio Paraopeba, poluído pelos rejeitos. Esse acordo vale até a cidade de Pompéu (a cerca de 200 quilômetros de Brumadinho), área onde o rio atinge o reservatório da hidrelétrica de Três Marias, região central do Estado.

    A Vale também informou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que vai manter o pagamento de dois terços dos salários de todos os empregados próprios e terceirizados que morreram na tragédia. Segundo a empresa, o pagamento será mantido por um ano ou até que seja fechado um acordo definitivo de indenização.

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