O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), declarou, nesta quinta-feira 7, que a cidade multou a Vale em 35 milhões de reais e interditou uma área de trabalho da mineradora no porto de Tubarão. Ele acusa a companhia de despejar rejeitos de mineração no mar, incluindo substâncias como calcário, minério, carvão e terra.
Tubarão, localizado na capital capixaba, é o segundo maior porto de exportação de minério de ferro do Brasil e é utilizado para o escoamento de grande parte da produção da Vale em Minas Gerais. Desde a tragédia de Brumadinho, a empresa vem sofrendo diversas interdições no Estado.
Rezende declarou que, mesmo com multas anteriores, a empresa continuou poluindo a região: “as emissões continuam, tanto em pó preto quanto os poluentes que estão sendo jogados dentro do mar”.
“Estamos aqui desde que tomei posse, em 2013, dialogando, multando, fazendo apelos, mas nada muda”, afirmou o prefeito, que multou a companhia por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Nesta quinta-feira, subiu para 157 o número de mortos pelo rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Há ainda 182 desaparecidos, segundo informou nesta quinta-feira, 7, a Defesa Civil de Minas Gerais.
O último balanço do órgão indica ainda que existem 133 desabrigados pela tragédia. A barragem da mineradora Vale se rompeu no dia 25 de janeiro. Os rejeitos atingiram a área administrativa da empresa, uma pousada e comunidades que moravam perto da mina.
As causas da tragédia ainda não foram esclarecidas. A principal linha de investigação sobre as causas do colapso é o acúmulo anormal de água e a falha no sistema de drenagem.