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Com risco de erupção vulcânica, cidade da Islândia é evacuada

Decisão veio depois da cidade registrar 1400 tremores em um dia no meio da semana passada

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 nov 2023, 17h55

Neste sábado (11), a cidade de Gridavik, localizada no sudoeste da Islândia, passou por momentos tensos. A Defesa Civil determinou que os 3 mil moradores da região deixassem suas casas e fossem  para um povoado de pescadores na redondeza. A operação de evacuação começou na noite de ontem,  depois de o Gabinete Metereológico do país bater o martelo e classificar o risco de erupção vulcânica como “considerável”. Há quase quinze dias, a região apresenta alta atividade sísmica, que vem se intensificando com o passar dos dias. Na semana passada, em um só dia foram registrados 1.400 tremores de terra.

A Defesa Civil informou que não foi uma medida de emergência, mas de precaução. Portanto não houve pânico, apenas um sentimento generalizado de desconforto e de apreensão. Ali, nunca se sabe ao certo o que pode acontecer. Com apenas 360 mil habitantes e 103 mil quilômetros quadrados de área, a Islândia é um território com mais de 130 vulcões, portanto propício a esse tipo de situação.

Os moradores estão acostumados com as erupções, quando são leves, tem até certo charme e se transformam e atração turística.  Há dois anos,por exemplo, fontes de lavas racharam o solo do vulcão Fagradalsfjall, abrindo uma fissura de 500 a 700 metros de comprimento. O local permaneceu em atividade por semanas, atraindo visitantes que queriam assistir ao espetáculo natural da terra.

Porém, já houve situações críticas como a do vulcão Eyjafjallajokul (pronúncia: eia-fiatla-iocutl), que paralisou o tráfego aéreo de vinte países europeus, em 2010. A fumaça produzida pela explosão das lavas foi tamanha que se espalhou pelo continente impedindo a visibilidade das aeronaves. Outro risco era a fuligem entrar nas turbinas dos aviões o que poderia impedir o bom funcionamento dos motores.

Dificilmente a explosão de um vulcão acontece em um estalar de dedos. É um trabalho crescente. O Eyjafjallajokul entrou em atividade sísmica em 2009, mas as explosões foram acontecer no ano seguinte. Depois de amenizadas, ele ainda permaneceu em atividade por seis meses. Dá para entender o cuidado da Defesa Civil ao esvaziar a cidade de Gridavik.

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