Fragmentos de um crânio encontrados por canoístas em Minnesota, nos Estados Unidos, serão devolvidos aos Sioux depois que uma análise detalhada mostrou que a ossada tem mais de 8 mil anos de idade.
Os restos foram achados por acaso durante um passeio pelo Rio Minnesota a cerca de 180 quilômetros de Minneapolis e encaminhados à polícia local. Inicialmente, as autoridades acreditaram que a ossada estivesse ligada a algum crime, mas uma análise posterior detalhada, feita por um antropólogo forense com datação por carbono apontou que o fragmento pertenceu a um homem que viveu entre 5.500 e 6.000 a.C. Uma depressão encontrada no crânio aponta que a causa da morte foi um golpe violento na cabeça.
Após a divulgação do resultado da análise, na quarta-feira (18), o escritório do xerife de Renville County publicou imagens do crânio nas redes sociais. Representantes de povos originários norte-americanos criticaram a decisão, afirmando que expor restos mortais de ancestrais é uma grave ofensa. O post foi removido logo depois.
Agora, o fragmento será devolvido a lideranças da comunidade Upper Sioux. Antropólogos acreditam que o crânio pertecia a um ancestral de tribos que ainda vivem na região. “Provavelmente não havia muitas pessoas vagando por Minnesota 8.000 anos atrás porque as geleiras recuaram apenas alguns milhares de anos antes disso. E não sabemos muito sobre aquela época”, disse a professora de antropologia Kathleen Blue ao The New York Times.