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Expedição em fossa abissal encontra novos seres vivos; confira imagens e vídeos

Novo estudo da Nature revela organismos quimiossintéticos que prosperam com ajuda do metano há mais de 7.000 metros de profundidade

Por Natalia Tiemi Hanada Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jul 2025, 12h00

Uma expedição na fossa do Japão trouxe à superfície novas imagens da vida nas profundezas do oceano. Longe da luz solar, comunidades de seres vivos prosperam há mais de 7.000 metros de profundidade, e denotam a ocorrência mais profunda conhecida de vida quimiossintética. As descobertas foram publicadas em artigo na revista Nature, nesta quarta, 30.

Viver em condições extremas exige adaptação daqueles que habitam tais ambientes e os chamados seres extremófilos buscam novas formas de obter energia. Nas fossas Kuril–Kamchatka e Aleutian no Noroeste do Pacífico, pesquisadores observaram grandes comunidades quimiossintéticas de bivalves, gastrópodes e anelídeos.

Dense aggregation of vesicomyid bivalves in the sediment at 5743 meters at Clam Bed.
Bivalves na fossa hadal (região mais profunda do oceano) (Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)/Divulgação)
Tube-dwelling polychaetes are dominant at 6870 m at the Aleutian Deepest, with spots of white microbial mats
Vermes-tubo na fossa hadal (Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)/Divulgação)

Diferente dos ecossistemas na superfície baseados em seres fotossintéticos, que produzem energia através da luz solar, os chamados quimiossintéticos tomam outro rumo para produzir seu sustento. Como o próprio nome diz, sua fonte de energia deriva de reações químicas, e no caso das novas comunidades a partir da síntese de sulfeto de hidrogênio e metanoOs gases escapam por falhas na placa tectônica. Análises adicionais também sugerem que o metano que escapa pelas fendas é produzido por processos microbianos em matéria orgânica encontrada nos sedimentos.

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A bordo de um submarino, pesquisadores do Institute of Deep-sea Science and Engineering da China passaram por mais de 2.500 quilômetros nas fossas Kuril–Kamchatka e Aleutian, entre 5.800 a 9.533 metros de profundidade. Imagens da expedição mostram vermes-tubo e bivalves em grandes quantidades espalhados no solo, configurando os seres quimiossintéticos na maior profundidade conhecida.

HOV Fendouzhe in mission
Submarino HOV Fendouzhe no oceano (Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)/Divulgação)
Hadal dive with manned submersible Fendouzhe. This figure is created to depict these remarkable ecosystems, forming a
Submarino HOV Fendouzhe no oceano (Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)/Divulgação)
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De volta à superfície, os autores principais do artigo, Xiaotong Peng, Mengran Du, Vladimir Mordukhovich, destacam a importância dos achados. “Essas descobertas desafiam os modelos atuais de vida em limites extremos e o ciclo do carbono no oceano profundo”, escrevem os pesquisadores. A geração e consumo do metano nas profundezas do oceano como fonte de energia pode servir de modelo para ciclos biogeoquímicos fora da água.

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