O fóssil do dinossauro Ubirajara jubatus, primeiro animal pré-histórico não-aviário com estruturas semelhantes a penas encontrado na América do Sul, retornou ao Brasil no domingo, 4, e foi levado para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília. Retirado do país nos anos 1990, o fóssil estava no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha, e será levado para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, no Ceará.
Nesta segunda-feira, 5, foram abertas as caixas para a conferência do material por representantes do MCTI, Ministério das Relações Exteriores, Embaixada da Alemanha no Brasil e Universidade Regional do Cariri (URCA). O fóssil fará parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, uma vez que pertence à região do Geoparque do Araripe, localizada entre estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, conhecida como centro paleontológico. “Ficamos muito felizes em saber que esse exemplar tão importante tenha finalmente retornado para o Brasil, de onde nunca deveria ter saído”, disse a VEJA o paleontólogo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
O Ubirajara jubatus viveu há 110 milhões de anos, na região da Bacia do Araripe, no interior do Ceará. O dinossauro foi retirado de forma irregular do Brasil para a Alemanha, nos anos 1990, após ser descoberto por pesquisadores estrangeiros no manancial paleontológico. O fóssil do tamanho de uma galinha e revestido por penas está em duas placas (positiva e negativa). Uma delas mede 47 cm x 46 cm x 4 cm, e pesa cerca de 11,5 quilos. A segunda placa mede 47 cm x 46 cm x 3 cm, com peso aproximado de 8 quilos.