Meteoro cruza o céu do Nordeste e é registrado em vídeo
Fenômeno foi visto em cidades de ao menos quatro estados e cruzou a atmosfera a cerca de 180 mil km por hora
Um meteoro foi registrado no céu de diversas cidades do Nordeste na noite desta segunda-feira, 8. O fenômeno foi visto em municípios do Ceará, como Fortaleza, Sobral, Independência, Horizonte e Guaraciaba do Norte, e também foi relatado em estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia.
Moradores registraram em vídeo a passagem do meteoro, que deixou um rastro luminoso intenso no céu por alguns segundos. As imagens mostram o clarão cruzando o horizonte em alta velocidade, em um trajeto visível a longas distâncias. Em alguns pontos, o brilho foi suficiente para iluminar partes da paisagem durante a passagem.
De acordo com dados divulgados por redes de monitoramento astronômico, o objeto entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade estimada em cerca de 180 mil quilômetros por hora. A indicação inicial é que o meteoro tenha surgido na região do Sertão Central do Ceará, seguindo em direção ao Oeste. A trajetória completa ainda será calculada a partir da análise dos diferentes registros feitos em vários municípios.
O que teria causado o fenômeno?
O fenômeno ocorre quando fragmentos de rochas espaciais, que circulam pelo espaço ao redor da Terra, são atraídos pela gravidade do planeta e entram na atmosfera. Ao colidirem com as camadas mais densas do ar, esses fragmentos se aquecem rapidamente devido ao atrito, produzem luz intensa e se fragmentam ao longo do percurso.
Apesar de ter ocorrido em um período próximo à chuva de meteoros Geminídeas, uma das mais intensas do ano, o registro desta semana não tem relação direta com esse evento e não estava previsto. O meteoro observado foi classificado como um meteoro rasante, quando o objeto corta a atmosfera de forma mais horizontal, percorrendo uma distância maior do que o comum, o que explica por que foi visto em diferentes estados.
Não há risco para a população nesse tipo de ocorrência. A maior parte do material desses fragmentos é consumida ainda na atmosfera, geralmente a dezenas de quilômetros de altitude, antes de qualquer possibilidade de atingir o solo.
Os vídeos que registraram o fenômeno seguem sendo analisados para a definição mais precisa da trajetória e da altitude em que ocorreu a passagem.
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