Na terça-feira (18), pesquisadores anunciaram no periódico científico Antiquity a descoberta do esqueleto articulado de um neandertal. O achado, com os ossos ainda em suas posições originais, é o mais preservado encontrado em uma década.
O esqueleto foi escavado no Iraque e consiste na parte superior do tronco e no crânio esmagado de um idoso. Buscas no mesmo local já haviam resultado na descoberta de dez esqueletos de neandertais entre as décadas de 1950 e 1960.
Nessas escavações mais antigas, os pesquisadores constataram que havia pólen em volta de um dos corpos, o que interpretaram como sinal de que os neandertais enterravam os mortos com flores. A hipótese contrariava a ideia vigente na época de que os neandertais eram homens de pouca inteligência. Hoje, sabe-se que eles são nossos parentes mais próximos, e que grande parte dos indivíduos vivos hoje possuem DNA herdado dos neandertais.
De acordo com os cientistas, o próximo passo consiste em utilizar as mais recentes tecnologias para investigar o DNA desses esqueletos e tentar responder às questões levantadas sobre a cultura desses homens. Tudo indica que o cadáver foi enterrado de propósito, e não vítima de um soterramento ou de algum outro evento imprevisível.
Os estudos feitos até agora apontam que o neandertal encontrado no Iraque tenha vivido há mais de 70 mil anos. Seu sexo ainda não pôde ser determinado.