Nobel de Química vai para desenvolvimento de baterias usadas em celulares
Baterias de lítio também são usadas em computadores portáteis e veículos elétricos
O britânico Stanley Whittingham, o alemão John B. Goodenough e o japonês Akira Yoshino foram premiados nesta quarta-feira com o Nobel de Química devido ao desenvolvimento das baterias de íons de lítio, anunciou nesta quarta-feira a Real Academia das Ciências Sueca.
“As baterias de lítio revolucionaram as nossas vidas e são usadas dos telefones celulares aos computadores portáteis e veículos elétricos”, destacou a Academia, ao afirmar que o trabalho dos três cientistas “estabeleceu as bases para uma sociedade sem fio e livre de combustíveis fósseis.”
No início da década de 70, Whittingan utilizou o enorme impulso do lítio para liberar seu elétron externo, o que levou ao desenvolvimento da primeira bateria de lítio funcional.
A contribuição de Goodenough dobrou potencial desta bateria de lítio, criando as condições adequadas para que fosse muito mais potente.
Yoshino conseguiu eliminar o lítio puro da bateria para usar íons de lítio, que são mais seguros que o lítio puro, o que fez com que a bateria funcionasse na prática.
Goodenough, de 97 anos, é professor na Universidade do Texas, em Austin, e se tornou a pessoa mais velha a ganhar um Nobel. Whittingham, de 77, é professor na Universidade Binghamton, em Nova York. Yoshino, de 71 anos, é professor na Universidade Meijo, em Nagoya.
Além do prestígio, os vencedores ganham um prêmio em dinheiro, que neste ano chega a 9 milhões de coroas suecas (R$ 3,7 milhões). Caso mais de uma pessoa vença em uma mesma categoria, o valor é dividido.
O Nobel de Química segue os de Medicina e Física, que começaram a ser anunciados desde o início da semana. Nos próximos dias serão divulgados os vencedores de Literatura, Paz e Economia.
Os prêmios serão entregues no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel, em uma cerimônia na Sala de Concertos de Estocolmo. O Nobel da Paz será entregue na Câmara Municipal de Oslo, o único que fora da Suécia, por desejo de Nobel, já que a Noruega fazia parte do Reino da Suécia na sua época.
Nesta edição serão anunciados excepcionalmente dois prêmios de Literatura, por 2018 e 2019, já que no ano passado a honraria não foi concedida devido ao escândalo de denúncias de abuso sexual que comprometeu a Academia Sueca.
(com EFE)