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Novo estudo diz que série de impactos pode ter dado origem à Lua

A pesquisa pode explicar inconsistências na teoria dominante de formação da Lua, segundo a qual um único impacto deu origem ao satélite

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h50 - Publicado em 10 jan 2017, 14h38
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  • Superlua
    Superlua vista a partir da zona Leste de Sao Paulo - 16/10/2016 (Heitor Feitosa/VEJA.com)

    A Lua, companheira do nosso planeta há cerca de 4,5 bilhões de anos, pode ter sido formada pelo impacto de uma série de rochas com uma Terra embrionária. Segundo estudo publicado no periódico científico Nature Geosciencena segunda-feira, um bombardeio de corpos celestes teria lançado porções de nosso planeta para o espaço, formando pequenas “Luas” que ficaram orbitando a Terra e, ao longo de milhões de anos, se reuniram para formar nosso satélite.

    A nova teoria poderia explicar uma grande inconsistência na hipótese dominante, segundo a qual a Lua é resultado de uma única e gigantesca colisão entre a Terra e um corpo celeste do tamanho de Marte. De acordo com ela, cerca de um quinto do material da Lua teria vindo da Terra, e o resto do segundo corpo. No entanto, a composição da Terra e da Lua são quase idênticas – uma improbabilidade que há muito tempo intriga os defensores da hipótese do impacto único.

    “O cenário de múltiplos impactos é uma forma mais ‘natural’ de explicar a formação da Lua”, disse Raluca Rufu, do Instituto Weizmann de Ciências, um dos autores do novo estudo.

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    Esses impactos múltiplos teriam escavado mais material da Terra do que um único impacto, o que significa que os satélites resultantes se assemelhariam mais à composição do nosso planeta, afirma o estudo.

    Origem da Lua

    Para chegar a essa conclusão, Rufu e sua equipe criaram quase 1.000 simulações em computador de colisões entre uma proto-Terra e planetas embrionários chamados ‘planetesimais’, menores do que Marte. O sistema revelou que o impacto de vinte rochas assim seriam o suficiente para a formação da Lua.

    Cada colisão teria formado um disco de detritos ao redor da proto-Terra, que se aglomerariam para formar pequenos satélites – eventualmente, ao longo de milhões de anos, esses satélites se fundiriam, formando a Lua.

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    “Nas primeiras etapas do sistema solar, os impactos eram muito abundantes, por isso é mais natural que vários deles tenham formado a Lua, em vez de um em especial”, disse Rufu à AFP.

    Acredita-se que nosso sistema solar se formou há 4,567 bilhões de anos, seguido pela Lua, cerca de 100 milhões de anos mais tarde. A teoria principal da formação da Lua, conhecida como “teoria do impacto único”, foi proposta em meados da década de 1970. Nos anos 1980, foram feitas as primeiras sugestões de que o satélite teria sido resultado de várias colisões.

    O novo estudo “reavivou o cenário até agora em grande parte descartado de que uma série de impactos menores e mais comuns, em vez de um único golpe gigante, formaram a Lua”, escreveu Gareth Collins, do Imperial College London, em um comentário publicado pela Nature Geoscience. “Construir a Lua desta maneira leva muitos milhões de anos, o que implica que a formação da Lua se sobrepôs a uma parcela considerável do crescimento da Terra.”

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    (Com AFP)

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