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O ano de 2016 foi o mais quente já registrado

Dados divulgados por três agências internacionais revelam que 2016 é o terceiro ano consecutivo em que o recorde global de temperatura é quebrado

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 20h37 - Publicado em 18 jan 2017, 16h40
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  • O ano de 2016 foi o mais quente já registrado, estabelecendo o terceiro ano consecutivo em que o recorde global de temperatura é quebrado. A informação – já esperada pelos cientistas – foi divulgada nesta quarta-feira pela Nasa, pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e pela agência britânica MET. Em conjunto, as agências publicaram análises das temperaturas de 2016, concluindo que o último ano foi o ano mais quente desde que os primeiros registros foram feitos, em 1880. Segundo a Nasa, a temperatura da Terra ficou 0,99°C acima da média do século XX.

    De acordo com a agência espacial americana, em 2014 a média foi 0,74°C mais alta que a média do século XX, superada em 2015, com média de 0,9°C mais alta. A continuidade dos dados elevados revela uma clara tendência de aquecimento, afirmou Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa. “O ano de 2016 é, notavelmente, o terceiro recorde anual da série. Não esperamos recordes todos os anos, mas a tendência de aquecimento a longo prazo é clara”, afirmou, em comunicado.

    Segundo a NOAA, a média de 2016 foi 0,94°C maior que a média do século XX. Já para a MET, o ano passado foi 0,77°C acima da média. Os dados têm uma confiabilidade de pouco mais de 95% e, segundo os especialistas, todos os dados revelam a clara tendência de alta das temperaturas. “Múltiplas linhas de evidencia independente confirmam que o planeta tem aquecido nos últimos 150 anos: os oceanos estão mais quentes, os continentes mais quentes, uma baixa atmosfera mais quente e geleiras derretendo”, afirmou Tim Osborn, cientista da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, que participou da análise dos dados junto ao MET.

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    Razões do aquecimento

    De acordo com os especialistas, em 2016 o El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento brusco das águas do Pacífico tropical,  teve forte impacto nas temperaturas e contribuiu em 0,2°C para o aumento da média. Os cientistas afirmam que, no entanto, mesmo após o fenômeno a temperatura continuou a subir.

    Segundo o comunicado da Nasa, o aumento das temperaturas é devido ao aumento das emissões de carbono e outros gases produzidos pelo homem. Ao formar uma espécie de capa em torno da Terra, os gases do efeito estufam impedem que parte da radiação emitida pelo Sol seja refletida para fora da atmosfera novamente, elevando a temperatura do planeta.

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