Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana

Painéis solares no espaço podem gerar 80% da energia da Europa até 2050, diz estudo

Simulações mostram que tecnologia espacial reduziria custos do sistema elétrico europeu e diminuiria a dependência de baterias em mais de 70%

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 ago 2025, 12h15

Um estudo conduzido por pesquisadores do King’s College London aponta que painéis solares instalados em órbita poderiam transformar o futuro energético da Europa. A pesquisa avaliou o potencial da chamada energia solar espacial (SBSP, na sigla em inglês), que consiste em coletar luz solar fora da atmosfera e transmiti-la à Terra em forma de micro-ondas convertidas em eletricidade.

De acordo com o modelo elaborado, o uso desses painéis poderia reduzir em até 80% a necessidade de fontes renováveis terrestres, como a eólica e a solar convencionais, até 2050. Além disso, o custo total do sistema elétrico europeu cairia de 7% a 15% nesse cenário, representando uma economia anual estimada em dezenas de bilhões de euros. Outro benefício seria a redução de mais de 70% na necessidade de baterias para armazenar energia, um dos gargalos atuais da transição para fontes limpas.

 

Como funcionaria a tecnologia

O conceito de energia solar espacial não é novo: foi proposto ainda nos anos 1960, mas sempre esbarrou em custos proibitivos de lançamento e montagem. A diferença agora é que avanços em foguetes reutilizáveis, painéis fotovoltaicos de alta eficiência e transmissões sem fio renovaram as perspectivas da tecnologia.

O estudo analisou dois modelos da Nasa: um chamado heliostat swarm, com espelhos que concentram a luz do Sol em órbita e fornecem energia quase contínua, e outro, de painéis planos, que já está em estágio mais avançado de desenvolvimento, mas gera energia de forma menos regular. As simulações indicam que o primeiro modelo, caso atinja as metas de custo projetadas, poderia se tornar a principal fonte de eletricidade da Europa em meados do século.

Desafios no caminho

Apesar do potencial, os autores ressaltam que ainda há obstáculos técnicos e econômicos. O custo atual da tecnologia é dezenas de vezes maior do que o de painéis solares convencionais. Também será preciso avançar em montagem autônoma em órbita, transmissão segura por micro-ondas e lidar com riscos como lixo espacial e regulação internacional.

Mesmo assim, os cientistas defendem que investir na área pode garantir não apenas avanços na descarbonização, mas também segurança energética ao reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.