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Pesquisadores brasileiros identificam nova espécie de peixe pré-histórico

Depois de cinco anos debruçados em cima de um fóssil da Antártida, cientistas batizam exemplar de Antarctichthys longipectoralis

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2025, 12h08

Em uma expedição científica à Antártida, realizada há cinco anos, pesquisadores brasileiros encontraram um fóssil, tão bem preservado, que foi trazido para o país para um estudo mais aprofundado. Recentemente, quando a equipe conseguiu finalizar o longo estudo com a sua reconstituição tridimensional. O peixe media entre 8 e 10 centímetros, cabeça longa, corpo delgado e pequenos espinhos neurais. Batizado de Antarctichthys longipectoralis, a espécie viveu entre 145 e 66 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo.

A descoberta, publicada na última segunda-feira, 11, na Revista Nature, é resultado do trabalho de pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A reconstituição do Antarctichthys foi realizada por meio da microtomografia, técnica semelhante a uma tomografia médica, que possibilita obter imagens internas de objetos por meio de raios X, mas sem danificar o fóssil.

O processo permitiu gerar projeções em alta resolução. Posteriormente, elas foram integradas, permitindo a reconstrução dos tomogramas, ou seja, das “fatias” em alta resolução das partes do peixe. Para reconstruí-lo, usaram mais de 2 mil imagens, que serviram de base para modelar o espécime tal como era no período pré-histórico.

Embora ainda pouco explorada pela paleontologia, a Antártica guarda pistas fundamentais sobre a evolução da vida no hemisfério sul e as conexões históricas que moldaram a biodiversidade atual da região. Daí a importância das expedições científicas. Essa, que levou a descoberta do Antarctichthys, fez parte do Projeto Paleontar, vinculado ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que busca estudar o passado da vida na Antártica, com foco nos fósseis e a relação com a América do Sul. O que a descoberta significa? “Sinaliza que a área da Península Antártica provavelmente possuía um clima mais quente e maior biodiversidade durante o Cretáceo”, diz a bióloga Valéria Gallo, professora do departamento de zoologia da Uerj.

Leia: 

+https://gutenberg.veja.abril.com.br/coluna/almanaque-de-curiosidades/cientistas-detectam-sinais-de-radio-vindos-do-subsolo-da-antartica/

+https://gutenberg.veja.abril.com.br/agenda-verde/a-beira-da-extincao-pinguins-imperadores-desaparecem-em-ritmo-acelerado/

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