Pesquisadores descrevem fóssil do maior lagarto já descoberto
Apelidada de Mega Chonk, a espécie é mil vezes maior que a maioria dos animais da mesma espécie e fazia parte de megafauna extinta
Algumas criaturas pré-históricas podem causar medo, com seu tamanho exagerado e sua cara pouco amigável. Um lagarto tão grande quanto um braço humano pode até não ser tão assustador quanto um Tiranossauro Rex, mas, sem dúvidas, não deixa de ser impressionante. Um exemplar desse tipo foi encontrado em um celeiro de espécies estranhas: a Austrália, e apelidado comicamente de Mega Chonk, o adjetivo em inglês é usado para se referir a pessoas e animais grandes e, digamos, rechonchudos. Seus ossos foram encontrados ao lado de outras descobertas pré-históricas.
Com o nome oficial de Tiliqua franges, ou apenas Frangens, o espécime já ganhou alguns apelidos. Além de Mega Chonk, o lagarto também é carinhosamente chamado Chonkasaurus. Os pesquisadores da Universidade de Flinders, que encontraram o fóssil, descrevem-no como o maior lagarto descoberto até agora.
Com um corpo volumoso, ornado com uma armadura pontiaguda, Frangens é cerca de mil vezes maior que a maioria dos lagartos conhecidos. O exemplar se assemelha ao seu parente vivo mais próximo, o Tiliqua rugosa, o lagarto de língua azul, que viveu a aproximadamente 50 mil anos atrás fazendo parte da extinta megafauna, que incluía espécies como o leão marsupial e o diprotodonte. Estima-se que o Frangens também tenha vivido nesse período, acompanhado desses gigantes.
As cavernas têm se mostrado lugares especiais quando se trata desse tipo de biodiversidade pré-histórica. Os restos do Mega Chonk, por exemplo, foram desenterrados nas cavernas de Wellington, em Nova Gales do Sul, e comparado com outros fósseis mantidos em museus australianos. As antigas cavernas costumavam ter entradas por onde as espécies vagavam ou caíam, muitas delas não conseguiam sair, de forma que esses lugares podem se caracterizar como ricos sítios arqueológicos.