Depois de anos de sua descoberta, finalmente os estudos e análises acerca do primeiro esqueleto completo de dinossauro foram finalizados. O projeto, que gira em torno do Scelidosaurus, teve início há mais de 160 anos. As rochas onde o fóssil foi encontrado datavam de 193 milhões de anos atrás.
Desde então, alguns artigos foram publicados acerca do animal. Contudo, muitos deles não davam detalhes precisos sobre a anatomia do Scelidosaurus ou sobre sua relação com outros dinossauros da mesma época.
Por isso, ao longo dos últimos três anos, especialistas da Universidade de Cambridge (Reino Unido) têm preparado descrições minuciosas e análises biológicas profundas do esqueleto do animal, que hoje está em exibição no Museu de História Natural de Londres.
De acordo com os estudos recentes, publicados no periódico científico Zoological Journal of the Linnean Society, proporcionam reconstruções do dinossauro e apontam alguns de seus descendentes: os anquilossauros, herbívoros cujo corpo era revestido por uma armadura extremamente resistente. Outra novidade é a hipótese de que o Scelidosaurus tenha surgido próximo ao nascimento dos ornitísquios, ordem de dinossauros com focinhos em forma de bico e estrutura pélvica semelhante à das aves modernas.
Além disso, algumas peculiaridades foram descobertas na nova espécie. É o caso dos chifres na parte de trás da cabeça, característica até então desconhecida entre os dinossauros. O resto do corpo do Scelidosaurus também seria revestido por espinhos e placas pontudas, segundo as pesquisas.