Saiba como observar a chuva de meteoros deste fim de semana
O fenômeno Epsilon Gruids, uma das primeiras chuvas de meteoros identificadas no Brasil, tem seu auge na madrugada deste domingo
Na noite deste sábado para domingo será possível observar uma das primeiras chuvas de meteoros “brasileiras”. O fenômeno Epsilon Gruids poderá ser visto em todo o hemisfério Sul a partir da meia noite deste sábado, com o auge por volta das 3h do domingo. A previsão é que duas a três “estrelas cadentes” risquem o céu a cada hora — elas serão bastante brilhantes, de acordo com os especialistas. A chuva de meteoros foi identificada em abril deste ano pela da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon, na sigla em inglês).
Para avistar a Epsilon Gruids, os astrônomos aconselham que os observadores evitem os grandes centros urbanos, de forma a evitar a poluição luminosa e atmosférica que atrapalham a visão do fenômeno. O uso de binóculos e lunetas, por sua vez, não é recomendado, já que esses instrumentos limitam muito o campo de observação, sendo melhor a visualização a olho nu.
O fenômeno foi batizado desta forma por ter seu radiante (região do céu de onde parecem “despencar” as estrelas cadentes) próximo à constelação do Grou (Gruids, em latim), que fica ao lado da estrela Epsilon Crucis. Segundo Carlos Di Pietro, membro da Bramon, para visualizar a chuva, basta localizar a constelação conhecida como Cruzeiro do Sul e seguir o olhar para a esquerda, até encontrar uma estrela muito brilhante (chamada Achernar).
“O radiante estará logo acima dessa estrela. Mas vale ressaltar que a melhor visualização dos meteoros não é observando diretamente o radiante, e sim, regiões a um palmo acima dele. A partir deste ponto os meteoros fazem riscos longos e, portanto, podem ser melhor observados”, disse.
Para encontrar as constelações, aplicativos de observação celeste, como o Sky Map, podem ajudar.
Estrelas cadentes
Chuvas de meteoros são fenômenos anuais que resultam da combustão das partículas deixadas por resquícios de cometas que atingem a atmosfera terrestre (por isso, durante o evento pequenos pontos brilhantes parecem “despencar” do céu e recebem o nome de estrelas cadentes).