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A boa e velha reportagem

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Para os refugiados, uma vila olímpica em ruínas…

Uma das grandes novidades das Olimpíadas Rio-2016 é a equipe de atletas refugiados. A exemplo das delegações “nacionais”, eles estão alojados na Vila Olímpica, que foi criticada antes da abertura, em especial pelos australianos, por problemas de infraestrutura. A 9.700 quilômetros do Rio, no entanto, há um grupo de 2.000 refugiados vivendo também em instalações olímpicas […]

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 22h07 - Publicado em 12 ago 2016, 17h19
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  • Grécia

    “Bem-vindos ao lar”, diz anúncio em estádio abandonado em Atenas

    Uma das grandes novidades das Olimpíadas Rio-2016 é a equipe de atletas refugiados. A exemplo das delegações “nacionais”, eles estão alojados na Vila Olímpica, que foi criticada antes da abertura, em especial pelos australianos, por problemas de infraestrutura. A 9.700 quilômetros do Rio, no entanto, há um grupo de 2.000 refugiados vivendo também em instalações olímpicas para os quais os alojamentos cariocas seriam um hotel de luxo. Refiro-me a um acampamento improvisado pelas autoridades gregas em um subúrbio de Atenas, no que sobrou dos estádios onde foram disputadas as partidas de hóckey e de basquete nas Olimpíadas de 2004.

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    A maioria dos refugiados que vivem nas barracas instaladas nos estádios em ruínas, como mostra este ensaio fotográfico do jornal britânico The Guardian, vieram do Afeganistão. Cercas de arame farpado cercam o lugar, não para evitar a entrada e saída dos refugiados, mas para controlar os visitantes. Segundo relata em artigo no jornal americano New York Times o escritor e cineasta Dove Barbanel, que dá aulas de inglês para as crianças afegãs, o principal problema lá é o tédio. Não há escola para as crianças. Resta a elas e aos adolescentes jogar futebol — o dia inteiro, todos os dias. Desde que a Macedônia fechou as fronteiras com a Grécia, 60.000 emigrantes clandestinos estão empacados no país, sem poder continuar a desejada viagem rumo ao coração da Europa.

    Os atletas refugiados no Rio são um importante símbolo da necessidade de aceitar e encontrar um destino digno para aqueles que são obrigados a abandonar seus países em busca de paz e segurança. Mas a realidade nos países por onde eles passam é bem diferente.

    No sábado, 6, mesmo dia em que a nadadora húngara Katinka Hosszú pulverizou o recorde mundial nos 400 metros medley, a refugiada síria Yusra Mardini venceu uma bateria eliminatória nos 100 metros borboleta. A TV M4, da Hungria, porém, censurou a transmissão. O nome da atleta síria não foi citado nenhuma vez. O das outras quatro atletas disputando a prova, sim. O comentarista da TV estatal conseguiu omitir o nome de Yusra mesmo depois de ela vencer a bateria.

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    O que há por trás disso? Política, claro. Lembra da cinegrafista húngara que passou uma rasteira em um refugiado sírio com o filho nos braços em outubro do ano passado? O governo nacionalista húngaro foi um dos primeiros a fechar as portas para aqueles que tentavam passar por seu país rumo à Alemanha.

    O objetivo olímpico de difundir a paz e a dignidade humana esbarra na dura realidade da geopolítica.

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