‘Traço de união’, de Dora Kramer
Publicado no Estadão desta sexta-feira DORA KRAMER Diante da cena, o paralelo foi inevitável: Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira na entrevista do dia seguinte à débâcle da seleção atuavam à maneira de determinados políticos e governantes que brigam com os fatos como se a negação tivesse o poder de mudar a realidade. Na […]
Publicado no Estadão desta sexta-feira
DORA KRAMER
Diante da cena, o paralelo foi inevitável: Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira na entrevista do dia seguinte à débâcle da seleção atuavam à maneira de determinados políticos e governantes que brigam com os fatos como se a negação tivesse o poder de mudar a realidade.
Na ojeriza à autocrítica que nesse episódio ressaltou a proximidade entre os condutores de times e de partidos, estiveram presentes as incongruências, os malabarismos verbais, a socialização do prejuízo, a invocação ao imponderável e até o recurso à pieguice.
Tudo muito parecido. A começar pelo pano de fundo: a arrogância que no semblante e nas palavras teimava em desobedecer ao tom da fala mansa de estudada humildade.