A carta que Michel Temer tirou da manga ─ outras virão, e nenhuma vai melhorar a vida dos farsantes no poder ─ provocou estragos de bom tamanho no Palácio do Planalto. Entre eles se destaca a exposição de três tumores que vêm apressando o apodrecimento galopante do governo Dilma Rousseff.
Primeiro: no quesito habilidade política, a presidente é uma procissão de notas zero com louvor. Quando age por conta própria, não acerta uma. Quando se move orientada por Lula, erra todas.
Segundo: o chamado “núcleo duro” do Planalto é formado por perfeitas bestas quadradas. Uma governante que tem como conselheiros um Jaques Wagner ou um Ricardo Berzoini não precisa de inimigos.
Terceiro: a seita lulopetista não celebra acordos partidários. Em vez disso, faz contratos de arrendamento ou combina casamentos de conveniência sempre subordinados a uma cláusula pétrea: “Nós mandamos, os outros obedecem”.
Somados, os três tumores avisam que não há esperança de salvação para um poste que só não é grosseiro com seu fabricante, finge que não vê as rachaduras em acelerada expansão e, antes de desmanchar-se em escombros, faz o que pode para quebrar de vez o Brasil.
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