ALAMIR LONGO
I
Descobri que Vovó Dilma
Não é somente uma atleta
Pois além das pedaladas
Na sua linda bicicleta
Nossa meiga presidente
Também revelou-se poeta.
II
No circo do Pronatec
A lambança foi completa
Vovó Dilma versejou
A uma plateia seleta
E ganhou tantos aplausos
Que quase saiu da meta.
III
Falou como mulher sapiens
De maneira bem concreta
Foi logo dando o recado
Sempre assim, muito direta…
Como fez com a mandioca
Sua raiz predileta.
IV
Da sua vertente de versos
Brotam veias de poeta
Da engenharia das letras
Vovó Dilma é uma arquiteta
Tem tanta sabedoria
Que impressiona até profeta.
V
A tal de filosofia
Muita dúvida acarreta
Mas vou tentar decifrar
Da maneira mais correta
O que disse a presidente
Quando quis falar em meta.
VI
Bem assim versejou ela:
“Não vamos colocar meta,
Vamos deixar a meta aberta
E quando atingir a meta”
Completou a presidente,
“Então dobramos a meta.”
VII
Pois viram com que clareza
Vó Dilma falou de meta?
Quem não entendeu sua rima
Tão cristalina e direta
É um ‘coxinha golpista’
Ou é gente analfabeta!